Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship 8 стр.


"Bem, eu provavelmente iria me levantar no bar e anunciar muito alto que tínhamos uma virgem na casa nesta noite e que os lances começariam em cinco mil dólares. Claro, você só ficaria com vinte por cento e o resto iria para mim." Ele agarrou a borda do balcão, sabendo que ele superaria todos os lances.

"Por que eu só receberia vinte?" ela perguntou. "É a minha virgindade... Eu deveria ser a única a ser paga por isso."

"Caramba, você é cara," Amni resmungou.

"Eu ouvi isso," exclamou Kyoko ao se levantar nas barras do pé do seu banco. "Eu vou te mostrar que sou uma namorada muito barata," ela assentiu.

"Coca cola e empadas no meu apartamento depois do trabalho," Amni disse com um sorriso brilhante.

"Eu não vou a um encontro com vocêêêê," Kyoko proferiu e se equilibrou antes de cair, então apontou um dedo para o rosto de Amni, tocando a ponta do nariz com ele. "Eu vou a um encontro com o primeiro homem que não dê em cima de mim e me trate como uma dama."

Amni arqueou uma sobrancelha: "Isto vem da mulher que está procurando alguém para tirar sua virgindade? Você ao menos quer saber como esse cara se parece de manhã?"

"Não," Kyoko sibilou e se afundou na banqueta, mas sem abaixar o dedo. "Eu não quero saber nada sobre ele porque..." ela fez uma pausa procurando as palavras. “Eu tenho minha moralidade."

Amni riu, "Kyoko, você pelo menos sabe o que moralidade significa agora?"

O rosto de Kyoko ficou vazio, "Não," disse ela com uma voz malandra. De repente, ela olhou para seus bustos e voltou para Amni. "Eu não estou vestindo roupas íntimas."

Amni, com toda sua graça, caiu atrás do balcão enquanto Kyoko continuava a sentar-se lá com uma expressão de admiração no rosto por não estar usando roupas íntimas.

"Droga!" Uma voz sem corpo murmurou por trás do bar.

Amni levantou-se e olhou para o rosto de Kyoko antes de começar a rir. Ele realmente não conseguiu evitar. Ele nunca tinha visto ela bêbada e teve que admitir que ela era bastante divertida nesse estado. "Você nunca me disse por que você está tão determinada a fazer isso."

Kyoko mordeu seu lábio inferior e disse-lhe a verdade, "ISSO me torna um alvo e VAI me matar se eu não me livrar DISSO." Ela tentou olhou para ele e rapidamente desviou. "ISSO parece estar atraindo mais... perigos do que eu posso dar conta."

De repente, Amni percebeu exatamente o que ela estava tagarelando e engoliu em seco. "Você gostaria de outra bebida?" foi o que ele conseguiu dizer.

Ele nunca pensara nisso daquela maneira, mas o que ela disse era verdade. Se ele decidisse beber de um ser humano novamente... mesmo ele a escolheria. Era uma rara iguaria encontrar uma virgem de idade dela... é como sangue aromatizado.

"Outra bebida?" Kyoko perguntou, então olhou para o copo. Ela o ergueu ao nível dos olhos e virou-o como se estivesse procurando por algo. "Está vazio."

"Não, sério?" Amni perguntou, brincalhão, antes de tirar o copo dela. "Chega de bebidas para você esta noite."

"Ei!" Kyoko disse um pouco alto. "Eu preciso disso."

"Para que?" Amni perguntou.

"Para que eu possa perder minha virgindade," respondeu Kyoko. "Eu não posso fazer sexo sem esse copo."

Amni colocou o copo de volta no balcão e Kyoko olhou para ele.

"O que há de errado agora?" Ele sabia que não demoraria muito mais até que ele a ajudasse a subir as escadas e a chegar segura até seu quarto.

Kyoko virou o olhar para ele. "Quem bebeu?"

"Você," ele informou.

"Eu não. Estava cheio quando você tirou. A quem você deu uma bebida grátis... e cadê a minha?" ela acusou.

"Isso foi há quatro bebidas atrás," Amni apontou, tentando confundi-la.

"Nãoooo," Kyoko fez beicinho. "Eu nem tive a chance de apreciá-la." Ela empurrou o copo de volta para Amni. "Dê-me outra bebida e certifique-se de que vou degustar desta vez."

"Você degustou a última," afirmou Amni. "Estou te impedindo esta noite."

Kyoko sorriu sensualmente para ele. "De que você está me impedindo?"

"Não me tente, Kyoko," Amni respondeu e sentiu uma ameaça silenciosa. Seus olhos azuis se levantaram para encontrar olhos escuros no outro lado da boate.

Hyakuhei sentou-se assistindo a cena entre a mulher e o barman, seus olhos e seu humor ficando cada vez mais escuros. Ele observou silenciosamente enquanto o olhar dela percorria a sala usando o espelho para ver todos os homens no bar. Por razões que o escapavam, ele estava tentado a fechar o lugar para que todos saíssem. Ele não queria que ela olhasse para os outros.

Esse comportamento... a sensação que ele sentia... perturbou-o.

O barman era um vampiro e a garota parecia muito amistosa com ele. Hyakuhei olhou o menino de cima a baixo enquanto a menina conversava com ele. Ele era jovem; ainda era um bebê para um vampiro, mas algo sobre o jovem o separava dos outros vampiros que Hyakuhei tinha encontrado desde que chegara à cidade. O ancião apagou o pensamento... ele descobriria quando chegasse a hora.

O barman de repente o encarou diretamente. Ele sorriu e o homem gelou antes de visivelmente estremecer e desviar o olhar. Agora ele sabia o que era tão diferente neste. Ele não possuía a sede de sangue incontrolável da maioria dos vampiros novos. Talvez ele não fosse tão jovem quanto pensara Hyakuhei.

Ele se concentrou na conexão da linhagem e espiou o passado de Amni... sentindo seu irmão lá. Ele fechou os olhos enquanto as memórias de Amni flutuavam por ele... então Amni tinha sido o primeiro de Tadamichi... aquele que curara sua solidão. Seus olhos lentamente se abriram, agora sabendo por que o vampiro o encarava constantemente... pensava que ele era seu senhor.

O lacaio não ter percebido a diferença dizia muito sobre seu relacionamento com Tadamichi... ou era isso prova de que ele e seu irmão eram verdadeiramente a mesma coisa? Sua diversão atingiu um ponto alto quando o jovem vampiro colocou outra bebida na frente da menina e ela tomou um gole. A cena seguinte o fez querer rir espalhafatosamente.

Amni tirou o copo de Kyoko dela e quis rir com a careta que ela fez. Ele se moveu, pegando as diferentes garrafas de rum para fazer para ela outra bebida. Por sorte, ela desviou o olhar e ele pegou a mistura sem álcool da bebida favorita de Kyoko... Chá gelado Virgin Long Island.

Derramando o líquido sobre o gelo fresco que ele acabara de colocar no copo, Amni decidiu ser delicado e acrescentou uma cereja e um pequeno guarda-chuva à bebida antes de colocá-la na frente dela.

Kyoko virou-se para Amni e então olhou para o bar. Seu rosto se iluminou quando viu que a bebida dela havia sido reposta. Em vez de tomar o primeiro gole, ela pegou a cereja pela longa haste e a colocou na boca. Amni engoliu em seco quando a boca de Kyoko se moveu um pouco antes que a haste da cereja se espreitasse entre seus lábios. Ela removeu a haste e a colocou no balcão.

"Que tal?" Kyoko perguntou depois de estudar a haste da cereja com intenso escrutínio.

"Eu acho que você deve beijar muito mal," Amni disse em uma voz impassível depois de ver que a haste de cereja não tinha sido atada com a língua.

"O que você sabe?" Kyoko resmungou e tirou o guarda-chuva antes de tomar seu primeiro gole. Ela congelou com a cabeça ainda inclinada para trás antes de baixar muito lentamente o rosto até olhar Amni diretamente nos olhos. Ela engoliu a mistura e pegou o pequeno guarda-chuva. Sem aviso, ela levou bruscamente a ponta do guarda-chuva a menos de dois centímetros da mão de Amni.

Amni, por sua vez, agradeceu a seus rápidos reflexos ao tirar a mão dali. "Eu disse a você que chega por esta noite."

"Isso tem gosto péssimo," fumegou Kyoko. "Se você vai me arrumar algo sem álcool, então me dê uma cidra da próxima vez. E se você quer me impedir, então você vai pagar a minha conta porque eu serei uma cliente muito descontente."

"Meu deus Kyoko!" Amni exclamou dramaticamente, esperando que a faísca nos olhos dela ficasse ali por um tempo. "Você vai me deixar duro. Não vou ter como pagar o aluguel."

Kyoko sorriu maliciosamente. "Fale com Yohji... talvez você consiga um acordo."

"Você está numa má fase, sabia disso?" Ele colocou as palmas das mãos no balcão ao erguer as sobrancelhas, imaginando se ela admitiria isso.

A expressão perversa de Kyoko desapareceu em um instante, substituída por uma de completa inocência, e então inclinou a cabeça para o lado. "Estou?" Ela olhou profundamente naqueles olhos azuis sentindo que estava caindo neles.

Amni olhou para a outra ponta quando ouviu alguém gritar por ele. Ele se inclinou sobre o balcão em direção a Kyoko, perto o suficiente para que ela pudesse cheirar a colônia que ele estava usando. "Não faça nada estúpido até eu voltar," ele ordenou e rapidamente foi fazer as bebidas, deixando Kyoko sozinha.

Hyakuhei recostou-se em sua cadeira, sentindo-se um pouco mais calmo agora que o barman se afastara para atender outros clientes. Ele observou enquanto a garota se inclinava um pouco para trás do balcão e puxava os cabelos em um bolo bagunçado, continuando, depois, a vasculhar a população masculina da boate pelo espelho. Por deus... ela estava tentando o destino e nem percebia isso.

Ele percebeu que suas presas haviam se alongado até o ponto em que quase estavam cutucando seu lábio inferior, e seu corpo estava respondendo à inocente atitude dela. Seus olhos escuros estavam colados no longo e delgado pescoço dela, e não era seu sangue ele queria provar... era a pele dela. Ele agarrou a borda da mesa só para se ancorar no lugar. O rangido de madeira e metal lembrou-o de onde ele estava e o que estava fazendo.

Soltando a mesa, ele continuou observando-a e viu que ela parecia estar olhando pelo espelho diretamente para ele, sorrindo. Ele franziu a testa e olhou em volta antes de olhar para a mesa mais próxima dele.

Ele fez uma careta quando viu um jovem com apenas vinte e poucos anos olhando para a beleza de cabelo castanho-avermelhado e sorrindo de volta. Hyakuhei lançou um grunhido descontrolado no fundo do peito. Ele observou com imensa satisfação quando a bebida do homem se estilhaçou em sua mão, fazendo pequenos pedaços de vidro penetrarem na sua pele.

O homem amaldiçoou e rapidamente se levantou, indo em direção ao banheiro enquanto segurava sua mão ferida. Hyakuhei sorriu... o homem não estava mais olhando para ela.

Kyoko franziu a testa e suspirou frustrada quando o cara que chamara sua atenção no espelho de repente saltou e correu para o banheiro. Ela fez uma cara amuada, fazendo com que o perseguidor não visto no espelho sorrisse, entretido. Tomando outro gole da bebida não alcoólica que Amni lhe dera, Kyoko decidiu não mais olhar no espelho.

Seu olhar, em vez disso, se dirigiu à pista de dança, onde as luzes estavam piscando em um pandemônio selvagem. A súbita vontade de juntar-se àquela massa de corpos que a rodeava a dominou e ela deslizou do seu assento. Kyoko segurou no balcão até que conseguisse se equilibrar, e então cruzou a pista com a intenção de encontrar alguém... qualquer um.

Ela se perguntou se era assim que um gato se sentia no cio, então culpou o álcool e a solidão exacerbada por esse pensamento.

A atmosfera no clube mudou de repente, tornando-se mais espessa com o poder das trevas. Kyoko não se sentiu mal porque o álcool que ela consumira havia diminuído seus sentidos e os tornado inúteis. Se ela estivesse prestando atenção... ela teria visto quatro homens muito atraentes entrarem no clube.

A atenção de Hyakuhei afastou-se da menina quando os quatro homens entraram. Ele lhes deu uma rápida geral e desdenhou. Por fora, para seres humanos desavisados, eles apenas pareciam quatro amigos curtindo uma noite na cidade. Para Hyakuhei, eles eram vampiros à procura de sua refeição noturna, e, talvez, um pouco de preliminares.

Ele levantou quando os quatro vampiros se separaram, imediatamente indo em direções diferentes. No entanto, um estava se dirigindo para a pista de dança, seus olhos fixos na fêmea de cabelos castanhos que o cativara. Os olhos escuros de Hyakuhei observaram a boate, vendo os outros três, que agora olhavam para a pista de dança com interesse. Quando seu olhar atravessou o bar, ele percebeu que o barman também sentira a mudança no ar, embora ele não tivesse descoberto de onde estava vindo. No entanto, ele tinha se empalidecido... e esse era um belo truque para um vampiro.

Kyoko balançou com a música, sentindo-se um pouco aturdida, mas, honestamente, ela não se importava. Mesmo que seus olhos estivessem fechados, ela podia sentir o olhar faminto de alguém devorá-la e isso fazia sua pele palpitar deliciosamente... ela podia sentir os olhos a percorrendo como se fossem mãos.

Ela deslizava sua própria mão em seu corpo enquanto dançava. Concentrando-se na música, ela se perdeu no movimento enquanto um par de mãos grandes se colocava em seus quadris. Elas não estavam impedindo seus movimentos, mas, em vez disso, estavam se movendo com ela... sensualmente.

Muito devagar, um corpo quente pressionou-se contra suas costas e ela se inclinou contra ele, deixando sua cabeça cair em um ombro largo. Ela não conseguiu se conter e gemeu quando as mãos se moveram de seus quadris para sua barriga. Ela sentiu os dedos esfregarem sua pele nua debaixo da bainha de sua blusinha, enquanto a outra vagava vagarosamente pela frente de seu corpo, esbarrando em seus seios antes de suavemente cobrirem a lateral de seu rosto.

"Dance para mim," uma voz escura e sensual sussurrou em seu ouvido.

Kyoko sentiu seus batimentos cardíacos abrandarem e achou difícil respirar. Essa voz era o sexo encarnado e ela tinha que ver o rosto que a acompanhava. Quando ela se virou em seus braços, o estranho a empurrou para longe, depois a trouxe de volta, mais perto do que há um segundo.

Seu olhar se encontrou com um par de olhos azuis profundos, quase hipnóticos, e sua respiração parou, em admiração. Ele tinha longos cabelos pretos ondulados que balançavam de um lado para o outro com seus movimentos. Kyoko ficou alegremente confusa... quando foi que ela tinha começado a dançar com ele? Seu rosto era suave... quase feminino em sua perfeição. Ele tinha um fraco bronzeado que a fazia querer tocá-lo com lábios cheios que eram um tom mais vermelho do que o normal.

Kyoko sentiu seu corpo começar a se aquecer por dentro... ou talvez fosse todo o álcool que tinha bebido.

Ela podia ouvir a música erótica pulsando de algum lugar e gemeu quando o joelho do homem se pressionou entre suas coxas até que a perna dele estivesse pressionada contra seu centro. Kyoko não conseguiu desviar o olhar enquanto o corpo dela começava a se mover contra o dele despreocupadamente. Parecia que cada nervo em seu corpo estava vivo com sensações... ela podia até sentir o ar circulando em volta deles de tanto calor.

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