Uma Luz No Coração Da Escuridão - Amy Blankenship 5 стр.


Kyoko franziu a testa, se perguntando se Toya estava de pé ao lado de Suki naquele momento.

Toya tentou novamente.

— Deixa para lá. Olha, eu estou indo aí para a gente ir ao cinema esta noite, então se arrume.

Kyoko estreitou os olhos, se perguntando sobre quem havia dito que hoje era o "Dia dos Chatos".

— Ah, tenho planos esta noite. — Claro que seus planos tinham sido transformar-se em uma ameixa no banho, ficar no sofá e ver um filme. Talvez até adormecer durante o banho, sem ter ninguém no mundo para incomodá-la dizendo "saia".

— Quê? Cancele tudo, pois você vem comigo! - Toya praticamente ordenou, ficando irritado por ela não estar fazendo o que ele queria que ela fizesse, como se ela alguma vez ela fizesse.

Kyoko fechou os olhos e afastou o telefone, cantarolando:

— Não vou jogá-lo pela janela, não vou jogá-lo pela janela.

Toc, toc.

Kyoko se virou para encarar a porta pensando: — Mas eu vou JOGÁ-LO na cara de quem estiver na maldita porta! Ela podia ouvir um riso demente vindo de algum lugar no fundo, onde residia seu gênio do mal.

Ela calmamente caminhou até a porta e destrancou-a, depois espiou para ver quem era.

— Kotaro — suspirou ela um pouco sem fôlego e depois calou-se com culpa, esperando que ele não tivesse notado.

Os olhos de Kotaro se iluminaram e escureceram ao mesmo tempo quando a porta se abriu. Ele estava feliz em ver Kyoko segura e, obviamente, não totalmente vestida. Ele ergueu uma sobrancelha pelo jeito que ela havia dito seu nome. Pressionando a mão na porta acima da cabeça de Kyoko, ele a abriu totalmente com seu habitual sorriso confiante enquanto passava pela jovem, quase tocando-a.

— Como está a minha mulher hoje? — Kotaro passou por ela e entrou no apartamento como se ele pertencesse ali.

Não vou cometer assassinato, não irei atirar o telefone, não vou... A mente de Kyoko continuou a cantarolar enquanto Kotaro a encarava com seu habitual sorriso de parar o coração. De repente, ela sentiu que o ar condicionado parara de funcionar.

Como esse homem, que só pode ser descrito como sexo ambulante, a afetava assim? Ela sempre sentiu como se estivesse tentando impedir que o jogasse no chão. Balançando a cabeça, ela olhou para baixo e gritou quando viu que o robe dela estava parcialmente aberto. Não dava para revelar muita coisa, mas o suficiente para fazê-la corar.

Toya ficou tenso, ouvindo pelo telefone a batida na porta em segundo plano e, em seguida, a voz de Kotaro. Ele gritou no telefone para chamar a atenção dela.

— Droga, Kyoko! O que diabos Kotaro está fazendo aí? — resmungou ele, irritado com o fato de o segurança ter aparecido no "seu" apartamento de Kyoko novamente.

Kyoko se encolheu quando o grito do telefone pode ser ouvido alto e claro dentro da sala de estar. Olhando sobre o ombro de Kotaro para o relógio na parede, ela sabia que precisava começar a se arrumar ou Suki seria a próxima a bater na porta. Já bastava. Ela se virou e caminhou até a bancada, pretendendo desligar o telefone.

Levantando-o de volta ao ouvido, ela gritou:

— Te vejo mais tarde! Click... um já era, só falta mais um.

Kotaro sorriu sabendo que tinha sido Toya com quem ela gritou. Seus olhos atravessaram a seda que se agarrava a um corpo bem formado como uma segunda pele e ele não conseguiria ter evitado se ele tivesse tentado avançar, mais perto dela. Ele lentamente fechou os olhos por apenas um segundo enquanto inalava profundamente, todo o seu corpo agora a menos de um centímetro do dela. O pensamento de tocar sem fazer contato fazia com que ele curvasse mentalmente seu corpo em torno dela e a abraçasse.

Ele se inclinou para a frente, aproximando os lábios da orelha de Kyoko antes de sussurrar seu nome. Seus lábios suavizaram, assim como seus olhos azuis. Muitas vezes ele se via quase desejando que ela se lembrasse do passado e do quão íntimos eles foram certa vez. O que ela faria se se lembrasse que eles costumavam morar juntos? Ele, ela e Toya, para que pudessem protegê-la.

Kyoko perdeu o fôlego e sentiu a pele ao longo de seu pescoço e bochecha formigar. Era difícil demais pensar direito com ele tão perto, mas agora ela podia sentir que ele a tocava, mesmo que ele não a estivesse tocando. Lembrando o que ela estava fazendo antes do telefone ter interrompido fez um seu calor instantâneo subir ao seu rosto.

Não querendo que ele percebesse sua culpa, ela se manteve de costas para ele e tentou reprimir a memória do banho. Ao fechar os olhos, ela lutou contra o impulso de se recostar nele e teve que agarrar-se à mesa para se estabilizar.

Kotaro queria colocar as mãos sobre a mesa em ambos os lados dela, prendendo-a entre seus braços, mas de repente se acalmou. Ele podia sentir o cheiro dos sabões que ela usara no banho, mas um sabor abriu caminho para ele e sua expressão ficou curiosa: excitação? Ele se afastou dela, se sentindo excitado.

Passando a mão por seus cabelos indomáveis, ele recuou para uma distância mais segura, tentando ignorar a sacudida na boca do estômago. Por que ele havia vindo aqui mesmo? Era importante.

Ele sentiu seus instintos protetores aflorarem pela lembrança dos recentes alertas que ele havia recebido.

— Você vai passar a noite comigo? — A pergunta que soava inocente escondia um duplo significado, enquanto ele provava o desejo.

Kyoko abrandou sua respiração, mais uma vez pronta para lutar contra seus sentimentos. Franziu a testa, sabendo que seria muito perigoso ficar sozinha com ele. De repente, ela queria agradecer a Suki por mandar nela.

Ao vê-la franzida, Kotaro rapidamente acrescentou:

— Nós podemos fazer o que você quiser. Alugar um filme e ficar em casa... ou sair.

— Alugar um filme e ficar em casa... — repetiu Kyoko ansiosamente pensando que era exatamente o que queria fazer. Então, percebendo os olhos de Kotaro se acenderem, ela rapidamente mudou:

— Pelo menos é isso que eu queria fazer e se eu não tivesse sido arrastada para os planos de outra pessoa. Eu adoraria ficar assistindo filme com você. Mas desculpe, Kotaro. Não posso. — Ela deu-lhe um sorriso apologético batendo mentalmente o pé ao pensar em perder uma noite muito quente com o belo guarda de segurança.

Os ombros de Kotaro caíram um centímetro, mas ele sorriu de qualquer jeito, sabendo que ela não estava tentando ferir seus sentimentos. Ele poderia até notar que ela queria que ele ficasse e ele se perguntou sobre a atração daquela vontade. Era o mesmo que ele queria? Para ele, Kyoko era a gema mais preciosa da Terra e ele faria tudo que pudesse para fazê-la sorrir e mantê-la segura ao mesmo tempo.

Afinal, ele esperou mais de mil anos apenas para vê-la novamente.

Precisando certificar-se de que ela estava protegida e fora de perigo, ele perguntou:

— Então, quais são seus planos, talvez eu possa participar da diversão? — Ele deu a ela o seu sorriso mais travesso, esperando que isso funcionasse. Se não, então ele poderia recorrer a persegui-la. Os cantos de seus lábios perfeitos se inclinaram em um sorriso secreto.

Kyoko sabia que Suki nunca aceitaria. A noitada só de mulheres significava "só de mulheres". Ela também sabia que se Kotaro descobrisse que estava com apenas Suki, ele iria junto, de alguma forma aparecendo como se por acaso. Ela o viu fazer isso muitas vezes.

Kyoko sabia que Suki nunca aceitaria. A noitada só de mulheres significava "só de mulheres". Ela também sabia que se Kotaro descobrisse que estava com apenas Suki, ele iria junto, de alguma forma aparecendo como se por acaso. Ela o viu fazer isso muitas vezes.

Enquanto Toya era insistente, Kotaro sempre tentava ser sutil, mas se você coloca os dois caras no mesmo ambiente, eles parecem agir de forma muito parecida e se provocam constantemente. Ambos tinham um coração de ouro e ela sabia disso. De certa forma, ela os amava tanto... tanto que era doloroso, e é por isso que ela escolheu não escolher e simplesmente permanecer solteira por enquanto. Honestamente, ela não quis magoar os sentimentos de nenhum deles.

Mas uma coisa que Kyoko sabia com certeza era que se Kotaro pensasse que ela iria sair com Toya esta noite, ele não se incomodaria em seguir. Pelo menos ela esperava que não.

— Desculpe, Kotaro, já tenho planos com Toya, mas prometo que vamos alugar filmes ou algo assim qualquer hora destas. — Kyoko abaixou os olhos, não gostando do fato de que ela estava mentindo para ele, mas era a única maneira de fazê-lo desistir. Observando o chão, ela percebeu que ele deu um passo à frente e ela imediatamente deu um passo atrás mordendo o lábio inferior, quando sentiu a mesa atrás dela.

Kotaro sentiu o ciúme vibrar dentro dele, mas o manteve sob controle. Seu único consolo era que, se ela estivesse com Toya esta noite, pelo menos ele poderia ter certeza de que ela não seria uma das próximas garotas desaparecidas.

Além disso, ele sabia que Kamui estava secretamente vigiando Toya e Kyoko. Mentalmente, ele teve que admitir que Toya era superprotetor em relação a ela e a manteria segura. Ele queria ser o único com Kyoko esta noite, protegendo-a. Mas mesmo que ele não gostasse, Toya não deixaria que nenhum mal acontecesse a ela.

Ele a observou lentamente, levantando os olhos para ele, e ele pode ver a preocupação dela, achando que Kotaro tentaria detê-la. Ele queria impedi-la, mas não faria isso. Com o tempo, ela faria sua própria escolha.

Inclinando a cabeça ligeiramente em uma aceitação relutante, Kotaro pegou a mão dela mão e a segurou por um momento, fixando seus olhos azuis aos de esmeralda dela. Olhando nos seus olhos, ele sabia que ela tivera um dia difícil. Ele sempre podia ler os sentimentos dela através da cor de seus olhos. Ele aprendeu isso há mais de mil anos. Ele só queria que ela se lembrasse.

— Combinado, então, Kyoko. Vejo você amanhã. Tenha cuidado, linda. — Inclinando-se para a frente, ele roçou os lábios sobre a testa dela, depois soltou sua mão, virando-se para sair.

Kyoko sorriu.

— Obrigada, Kotaro. — Sua testa ainda formigava onde os lábios quentes dele a tocaram. Ela estava feliz por ele ser mais fácil de lidar do que Toya. Muitas vezes, ele beijava sua bochecha, testa ou mão, deixando essa sensação formigante e quente.

Ela se perguntava sobre o que ele pensaria se soubesse que ela nunca tinha sido beijada nos lábios. Ninguém jamais acreditaria que, com a idade de dezoito anos, ainda era tão pura, bem, fisicamente pura. Ela corou de novo sabendo que seus pensamentos não eram tão irrepreensíveis. Ela culpava o traidor que vivia dentro de si e acelerava toda vez que pensava nele.

Kotaro abriu a porta para sair, mas não antes de lhe lançar um sorriso sobre o ombro, acrescentando:

— Apenas lembre-se, você ainda é minha mulher. — Ele saiu rapidamente, fechando a porta atrás de si, sorrindo maliciosamente com o comentário.

Ele sabia que ela não iria cruzar a linha com Toya e não estava preocupado. Mesmo no passado, quando ele e Toya tinham brigado, ela o escolheu ao invés de Toya. Ela sempre adorou Toya, mas Kotaro sabia que era ele por quem ela realmente estava apaixonada. A velocidade dos batimentos cardíacos dela quando ele estava por perto sempre revelava seus verdadeiros sentimentos... nesta vida e no passado. Ele só tinha que esperar para que ela percebesse mais uma vez.

Kotaro inalou suavemente, saboreando o perfume dela. Mesmo agora ele podia sentir o cheiro de sua pureza e sabia que ela era o tipo de pessoa que levava isso a sério. Ela era muito inocente acerca do mundo real.

O pensamento fez o sorriso de Kotaro desaparecer. Ele não tinha tanta certeza de que queria que ela descobrisse o lado sombrio deste mundo. Não queria arriscar a felicidade dela. Nem mesmo ele era o que ela pensava que fosse. Ele sabia que ela o aceitaria de qualquer jeito, mas a lembrança de tê-la sepultado selava seus lábios, impedindo-os de falar do passado. Era melhor não se lembrar de algumas coisas.

Quando Kotaro saiu do prédio e voltou para a calçada, ergueu os olhos do pátio abaixo para a janela, imaginando o que Kyoko faria quando descobrisse sobre ele. E sim, ele lhe contaria a verdade, mas ainda não. Como você explica que é mais velho do que qualquer ser humano normal e que você tem poderes como ela só viu nos filmes?

Kotaro balançou a cabeça quando começou a voltar para a faculdade, contemplando seu próximo passo em relação às meninas desaparecidas.

Ele sabia o que estava acontecendo com elas e que provavelmente já estavam mortas ou pelo menos mortas-vivas. Seus olhos brilharam com raiva por apenas um momento, revelando o lado mais sombrio de sua alma licantropo. Ele precisava captar o cheiro desses malditos sanguessugas e aquele que os liderava antes que eles pudessem encontrar Kyoko de novo.

Capítulo 3

Kyoko revirou o armário procurando o que Suki a havia convencido de comprar no fim de semana anterior. Ela riu para si mesma lembrando que Shinbe as havia seguido ao shopping, se oferecendo para que desfilassem para ele para saber sua opinião. O ponto alto foi quando ele entrou no vestiário das meninas e ficou conversando com a Suki através da cortina.

Shinbe estava falando com uma voz fina para enganar Suki, se passando pela vendedora do setor, e se ofereceu para ajudá-la a fechar o zíper.

Suki havia aceitado a oferta de ajuda e virou as costas para a cortina. Kyoko quase caiu quando Shinbe saiu voando pelo provador e aterrissou contra a parede do outro lado.

Kyoko perguntou à Suki como ela tinha percebido que era Shinbe e Suki respondeu:

— Não acho que eles iriam deixar uma lésbica trabalhar no provador feminino, então quando ele colocou a mão dentro do meu vestido em vez do zíper, foi tipo uma entrega de jogo.

— Coitado do Shinbe — suspirou Kyoko enquanto tirava uma blusa cropped branca com mangas de seda que tinham forma de sino do cotovelo ao pulso e fluíam bem. Na verdade, ela achava a blusa bem bonita. A fazia lembrar de um manto de anjo, mas sexy. Era curta o suficiente para mostrar a sua barriga e combinava bem com a minissaia preta agarrada no quadril que ela também tinha comprado.

Depois de se vestir e encontrar os sapatos que queria, ela prendeu parte do cabelo ao redor das orelhas e fez um penteado alto atrás, mas deixando o resto do cabelo solto, de forma atraente. Usando um pouco de maquiagem e um colar segurando uma pequena lágrima de cristal, ela se considerou pronta para o que quer que fosse que a Suki estava tramando.

Ela desejou secretamente que pudesse ter dito a Kotaro para onde estavam indo, mas nem ela sabia a resposta para isso. Mordeu o lábio inferior percebendo que já estava sentindo falta dele, então tentou enterrar o sentimento melancólico, sabendo que Suki notaria.

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