Andrzej Budzinski
Homossexualidade e pedofilia na igreja católica
ANDRZEJ BUDZINSKIHomossexualidade e pedofilia na igreja católica
TRADUZIDO POR ADERITO FRANCISCO HUOCOPYRIGHT © 2019 ANDRZEJ BUDZINSKI
TITOLO
Andrzej Budzinski
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Homossexualidade e pedofilia na igreja católica
Colecção: Defender a heterossexualidade
tradutor
Aderito Francisco Huo
© 2019 Andrzej Budzinski
A primeira edição 2019
Colecção: Defender a heterossexualidade
Capa: Andrzej Budzinski
Verona 2019
INTRODUÇÃO
Tocando o problema da homossexualidade na igreja católicapassamepela cabeça a palavra mistério, e concretamente: o mistério dopecado na igreja. Estas duas realidades: a igreja e o pecado nãoestão bem juntos, porque existe entre eles a contradição. Adiferença eterna. Os dois têm fontes diferentes. A igreja provem deDeus, que é Santo, e o pecado provem do diabo, que é pecador.Observando a realidade da igreja passame pela cabeça um outromistério: o mistério da santidade da igreja. Nesta estranhasituação, a questão que se coloca sozinha: absolutamente podese,não se pode! Pois o que fazem juntos na igreja? A resposta paraestaquestão é muito fácil, mas a solução do problema não é tãofácil como a resposta. Para melhor perceber este problema devemospartir da realidade da vida na terra e antes de tudo da realidadedohomem. Verdade é, que protoplasta da igreja é Jesus, que éverdadeiro Deus e verdadeiro homem segundo a vontade do Pai.
Isto significa que a natureza divina e humana de Jesus ésanta.Nele podemos perceber como Deus quer que a igreja seja. Santa comoJesus. A igreja deveria espelhar Jesus. Bem sabemos, que Jesus noseuprojecto envolveu os homens, que infelizmente não são comoelesantos e perfeitos, mas a parte são as imagens e semelhanças deDeus que são infelizmente denegridos pelo pecado. Isso que é oshomens transmite também realidade da igreja. Modelo perfeito daigreja é aquele que quer Jesusa igreja santa e imaculada, pelocontrario a sua realidade terrena é, esta que bem a conhecemos. Aolado da santidade de Deus existe o pecado dos homens. Por isso aigreja ao mesmo tempo é santa e pecadora. Em que sentido a igreja ésanta? (cf. C.C.C.823-829; 867)1
A igreja é santa, porque Deus santíssimo é o seu autor;Cristo ofereceuse a ela, para santificála e tornálasantificadora;
O espírito Santo alentaa com a caridade.
Nela encontrase a plenitude dos meios de salvação.
A santidade é a vocação de cada membro e o fim de toda asua actividade.
A igreja inclui no seu interior a Virgem Maria einumeráveis Santos, como modelos e intercessores.
A santidade da igreja é a fonte da santificação dos seusfilhos, os quais, aqui na terra, reconhecemse todos os pecadores,sempre carecidos de conversão e de purificação.
Quando observamos a história da igreja encontramosmuitíssimossantos, isto é um sinal da natureza e vocação da igreja.Infelizmente encontramos também páginas negras da igreja, aspessoas, que estando na igreja fazem mal, que não é segundo anatureza e a vocação da igreja. Um do mal que encontramos entre oshomens da igreja é também? Homossexualidade e pedofilia, queespelha a igreja pecadora.
Este é o quarto livro da colecção: Defender aheterossexualidade.Os outros livros, que fazem parte desta colecção:
Primeiro volume: Quem é macho? Quem é fêmea? Debate com a homossexualidade.
Segundo volume: O debate entre o casamento tradicional e oshomens homossexuais.
Terceiro volume: A homossexualidade. Segundo ou contra anatureza?
Quarto volume: Homossexualidade e pedofilia na igrejacatólica.
Quinto volume: A pastoral da igreja das pessoashomossexuais.
A parte que cada volume da colecção podese comprarunicamente,estão também colectados num único livro:
O que é a homossexualidade?
Desejovos uma boa leitura.
AS DUAS FACES DA IGREJA
Num primeiro momento não queria levantar este problema,porque souum católico que crê naquilo que diz a igreja. Amo a igreja. Estouconvicto que seja obra de Deus, porque se não fosse assim, estariadestruída por causa dos pecados e dos abusos da hierarquia daigreja, já há muito tempo. Não quero demonstrálo, porque não épreciso, para sabêlo basta ler a história da igreja. Lendoa,encontramos as suas boas escrituras, e mesmo aquelas pelas quais aigreja2 devia envergonharse.
Na igreja terrena existem duas faces da medalha, aqueladivina esanta, e infelizmente também a outra, humana e diabólica.Infelizmente, isto vale não só para a homossexualidade, mas tambémpara todos outros desvios sexuais, incluída a pedofilia3, que infelizmente está presente na igreja. Tocando este problema detodas as formas escrevo também contra mim mesmo e contra algo quegosto e respeito. Como católico crente e praticante, não digo queestou escandalizado, conheço a humana, porque eu mesmo sou humano etenho muitas coisas na consciência. Portanto, o que estou aescrevernão é uma acusação nem uma censura às pessoas da hierarquia daigreja, que estão embaraçados nos desvios sexuais. Esta atitude quenão é natural e, desculpem a palavra, degenerado de muitashierarquias da igreja deixame pensar à realidade do corpo deCristo.Entre os outros nomes também este atribuise à igreja. O chefe daigreja é Cristo e nós somos os seus membros, a hierarquia da igrejaé aquela dos pastores que, em nome de Cristo, exercitamautoridadee são chamados para demonstrar à gente o seu amor.
Muito triste é para mim afirmar, que a homossexualidade eas ideiasLGBT estão presentes na igreja católica. Não provem de Deus,então, o que faz entre os pastores (bispos e sacerdotes), chamadospara pregar a Boa nova de Jesus? Desde o princípio, queriaesclarecer que tudo isto que escrevi antes sobre a homossexualidadediz respeito também a realidade da igreja.
A homossexualidade é homossexualidade e não é diferentedaquelaque está fora da igreja daquela que está dentro dela. As origens dahomossexualidade dentro ou fora da igreja são as mesmas:
O pecado e as suas consequências espirituais e físicas,
Satanás.
OS GRAVES PROBLEMAS DA IGREJA
Relativamente aos actos homossexuais, a igreja ensina que,nasagrada escritura, eles são apresentados como pecados graves. Atradição os tem constantemente considerado como intrinsecamenteobsceno e contrários à lei natural. Eles, daí, não podem seraprovados de modo nenhum4. Direi que a homossexualidade no seio da igreja é mais perigosadaquela externa. Ela é como um cancro, que é uma doença terrível,a qual devagarinho desfalece e por fim mata. Até que ela estejaforae não cabe pessoalmente a mim, naturalmente lamento pelos outros,mas sintome bem. O problema começa quando estou pessoalmenteenvolvido. Estou doente. Ameaça a minha vida. Pode acabar comigo.Dificultame de funcionar bem. O mesmo vale para a homossexualidadenaigreja presente entre os Pastores da igreja, isto é dos bispos, dossacerdotes e das pessoas consagradas. Pessoas que deram as suasvidasao serviço de Deus para o bem da sociedade. As pessoas que, segundoa sua vocação devem dar à população Cristo, que nos salvou daescravidão de Satanás e do pecado morrendo na cruz. Ospresbitérios, em virtude da sagrada ordenação e da missão querecebem dos bispos, são promovidos ao serviço de Cristo mestre,sacerdote e rei; eles participam no seu ministério, pelo qual aigreja aqui na terra é incessantemente edificada na população deDeus, corpo de Cristo e templo de espírito santo5. Relativamente à relação do sacerdote com Cristo, espero da igreja,pastores dabo vobis.
Afirma o seguinte: o sacerdote tem como sua relaçãofundamentalaquela com Jesus Cristo supremo e Pastor: ele, efectivamente,participa, de forma específica e autorizada, à consagração unção e à missão de Cristo. Mas, ultimamente travada com estarelação, está aquela com a igreja. Não se trata de relaçõessimplesmente associadas entre elas, mas interiormente unidas numaespécie de mútua imanência. A referência à igreja é inscrito noúnico e a mesma referência do sacerdote a Cristo, no sentido que arepresentação sacramental de Cristo a fundar e a admirar areferência do sacerdote na igreja6. Não sei como vocês, mas eu pessoalmente depois destas poucaspalavras encontreime em dificuldades e confuso, não estava seguropara continuar a minha reflexão sobre o assunto, mas repentinamenterecebi uma iluminação muito simples: justamente por isso, que creionaquilo que diz a igreja e gosto, devo escrever. A coisa que mesurpreende e desaponta profundamente é: são poucos sacerdotes queencaram o problema da homossexualidade e da pedofilia nas suasorações, ainda que o ensinamento da igreja sobre este assunto éclaro. Nesta situação, questionei: porquê está a acontecer esteestranho silêncio? Pode haver muitos motivos:
Não conhecem o ensinamento bíblico?
Não conhecem os ensinamentos do Catecismo?
Não crêem no que a igreja ensina?
Não se preocupam daquilo, que a igreja ensina?
Não se preocupam da própria igreja?
Têm medo de falar para não se expor a perigo?
Não querem falar, porque falariam contra os seus colegasna hierarquia da igreja ou contra os mesmos
Não lhes interessa o sofrimento das vítimas
Simplesmente não sabem o que dizer?
Envergonhamse de falar, porque conhecem a realidade doambiente em que vivem?
Uma coisa certa, muito difícil é combater ahomossexualidadee a pedofilia quando estão presentes as pessoas desta opção entrea hierarquia da igreja. A igreja de qualquer forma tem as mãosatadas, e infelizmente, as tem atado por si própria sozinha como?Muito simples. Existe muitos Pastores da igreja que, conscientes doproblema dentro do clero, fecharam um olho para evitar osescândalos. Segundo o ensinamento de Jesus: [31] Jesus dizia,pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minhapalavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; [32] conhecereis averdade, e a verdade vos libertará(Jo. 8,31-32). Porconsequência da tal atitude chegamos às declarações muitodolorosas, tipo: muitos bispos não obstante, conhecendo a verdadedahomossexualidade e da pedofilia dentro do clero, ao invés dedesenraizála radicalmente da igreja, ocultaramna, permitindo destaforma para desenvolverse num lugar onde não deveria haver. Quaissãoas consequências deste comportamento fariseu? Um escândalo maisgrave. O mundo externo descobriu que na igreja são cultivadasas mentiras, daqueles que deveriam orar a verdade. Neste momentoútilé colocarse uma questão: quem é o pai da mentira? Como sempresobre isto nos explica Jesus: [41] Vós fazeis as obras devosso pai. Disseramlhe, pois: Nós não somos nascidos da fornicação;temos um Pai, que é Deus. [42] Disselhes, pois, Jesus: Se Deusfosseo vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim deDeus; porque não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. [43] Por quenão entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minhapalavra. [44] Vós tendes por pai o diabo, e quereis realizar osdesejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e nãopermaneceu na verdade, porque não há verdade nele; Quando falamentira, fala do que lhe é próprio, porque é c mentiroso, e pai damentira (Jo. 8,41-44). Uma resposta muito simples. Tãosimples que nos atira para o chão.
O diabo é o pai das mentiras, e aqueles que as dizem o teucomo paie tornamse seus cúmplices. Triste. As pessoas que deveriam imitar ereferenciar Jesus colaboram com o seu inimigo. Na verdade,precisariade reparálos directamente nos olhos, e pôrlhes esta questão: comquem colaboram? Estou convicto que isso os colocaria numa situaçãomuito difícil. Eles colabora com o diabo, mas nas orações estãoem condições de anunciar as maravilhosas palavras de Deus. No talcomportamento vejo eu, a denominada esquizofrenia da fé, isto é odesejo der satisfazer dois patrões. Neste momento assaltamme namente as palavras de Jesus dirigidas aos fariseus: [25] Ai devós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior docopo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e iniquidade.[26] Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato,paraque também o exterior fique limpo. [27] Ai de vós, escribas efariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcroscaiados,que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estãocheios de ossos de mortos e de toda imundície. [28] Assim tambémvós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormenteestais cheios de hipocrisia e iniquidade (Mt 23, 25-28).
OCULTAR PARA EVITAR O ESCÂNDALO
Alguns anos atrás tive a oportunidade de falar com um bispoque, àminha pergunta: o senhor tinha conhecimento dos abusos sexuais nasuadiocese? Ele disse: sabia, e oculteio por amor da igreja epara evitar os escândalos. Reparandolhe nos olhos lhe coloqueiuma outra pergunta. O senhor, desta forma conseguiu evitar osescândalos na sua diocese?
Não, não consegui, mas isto levou aos escândalos ainda maisgrandes. Por conseguinte, o bispo demitiuse do seu cargo ousimplesmente escapou da responsabilidade.
O papa Francesco (Francisco) no dia 18 de Fevereiro de 2016a bordodum avião que partiu de Roma para México assim declarou: bisposque transferem os padres pedófilos, que o melhor que podem fazer épôrse dentro, é uma coisa, não é dogmática, mas é aquilo que eupenso7.
Eis alguns exemplos:
Duras críticas foram dirigidas à igreja católica quando foi descoberto que alguns bispos a par dos casos de abusostenham transferido os padres ao invés de removêlos e denunciálos8.
Foi revelado que a posição prevalente relativamente aoscasos de pedofilia entre os sacerdotes era que os pedófilos pudessemser tratados através duma assistência psicológica e nãopenitencial.
Em Barretos, no Brasil, é aberto secretamente porsacerdotesitalianos pedófilos um centro de tratamento9. Para aprofundar proponho também a leitura do livro de CarmeloAbbateGolgota: viagem secreta entre a igreja e pedofilia, PIEMME2012.
Alessandro Maggiolini, ex bispo de Como investigado porcumplicidade pessoal de dom Mauro Stefanoni, um abade condenado em Maiode 2008 por 8 anos de prisão por violência sexual de um menor psiquicamente fraco e precisava de afecto e cuidado,incapaz de revoltarse eficazmente a um sujeito adulto circundado derespeito10. Monsenhor Maggiolini afirmou: os bispos devem tomar asnecessárias medidas canónicas, e não devem tornarse instrumentos dajustiça italiana, não porque não queremos que os sacerdotesculpados sofram as justas penas da justiça civil, mas porque asvítimas devem decidir sozinhas se acedam. E algumas preferem nãofazêlo. Ponto de vista sustentada também por monsenhor Betori, secretáriogeral da Congregação Episcopal italiana.Monsenhor. No mês de Maio de 2002 declarou: os padres pedófilos são umcaso absolutamente marginal que não requer intervenções da partedas instâncias centrais da igreja italiana. Tratase dumfenómeno extremamente limitado e os bispos reafirmam a sua confiançana grande maioria dos padres, que servem com fidelidade aigreja na educação dos jovens. O conselho permanente não falou poracaso de casos de pedofilia. CEI não possui nenhuma lista aopropósito, não temos. Nem casos em destaque nem um procedimento de monitoria.