Ligação De Sangue (Ligação De Sangue Livro 5) - Amy Blankenship 8 стр.


Tabatha levantou as sobrancelhas e olhou para a ruiva. Está bem então.

Oh-oh! fez Kat, animada. Melhor ainda, despimo-lo todo e embrulhamo-lo como um peru de ação de graças e depois deixamo-lo no bar de motoqueiros do outro lado da cidade. Alguns daqueles tipos são mesmo assustadores.

Envy sacudiu a cabeça Nã, ele ia gostar demasiado disso.

Já sei! Kat exclamou, vendo o lábio de Tabatha começar a fazer um trejeito em reação às suas ideias. Damos-lhe uma pancada, prendemo-lo no quarto da Tabatha e só o alimentamos a pão e água até ele ceder e concordar em ser o escravo sexual da Tabatha por toda a eternidade.

Envy inclinou a cabeça para o lado e sorriu. É, até gosto dessa ideia.

Tenho uma pergunta para ti que se desvia um bocado do assunto. Disse Tabatha, chamando a atenção das outras duas. O que é que vocês sabem sobre o Kane?

Kat encolheu os ombros É um vampiro infernal, sexy como o caraças, com ótimo sentido de humor.

As três mulheres começaram a rir à gargalhada, mas pararam quando Devon deslizou para trás de Envy e colocou um braço à volta da cintura dela.

Eu mostro-te quem é sexy como o caraçasdança comigo sussurrou Devon, mas suficientemente alto para as outras mulheres ouvirem.

Envy sorriu às amigas antes de deixar que Devon a levasse para o lado de fora do bar e para a pista de dança. Ouviram a multidão a aplaudir quando a porta da jaula bateu e Tabatha sorriu.

Levantando-se do seu lugar, Tabatha dirigiu-se ao corrimão e olhou para baixo para Envy e Devon a dançar na jaula. Conseguia ver as bocas deles a mover-se e só podia imaginar de que estariam eles a falar.

Envy estava inclinada para trás, com os braços acima da cabeça a agarrar-se às barras da jaula. Devon tinha as pernas delas enroladas à volta das suas ancas enquanto dançava. Uma mão segurava no rabo dela, mantendo-a elevada, enquanto a outra mão a agarrava na zona das costelas, mesmo abaixo de um dos seios dela, ameaçando tocar-lhe, mas sem o fazer.

Devon sorriu e puxou Envy afastando-a das barras e apanhando-a antes que pudesse cair para trás e pousou-a de pé. Girou-a rapidamente de modo a ficar com as costas delas comprimidas contra o seu peito, as mãos dele a deslizar nas costelas dela em direção aos seios, provocando-a.

Vamos dar-lhes um espetáculo a sério sussurrou Devon.

Nada de sexo em público exclamou Envy, já sem fôlego.

Não respondeu Devon. Isso é só para mim e em privado. Mas isto Subitamente, Envy deu por si numa posição abaixada, com as pernas afastadas junto às coxas de Devon, enquanto ele dançava colado atrás dela. Isto é para a multidão.

Devon rodava as ancas em pequenos círculos e Envy fixava os pés no chão para se poder mover com ele. Ela gemeu suavemente e jurou que podia senti-lo mesmo dentro dela, fazendo amor com ela sem tirar uma peça de roupa.

Adoro a forma como te mexes para mim. grunhiu Devon. Tão sensuale escaldante.

Envy fez pressão contra ele, erguendo-se, e depois envolveu os braços em torno do pescoço de Devon. Arfou quando as mãos dele levantaram a parte da frente da blusa dela para expor a pele suave da sua barriga à multidão. A mão direita de Devon moveu-se lentamente para baixo, até que as pontas dos dedos dele desapareceram no elástico dos calções pretos justos, enquanto a outra mão puxou mais um pouco da blusa dela para cima, revelando o soutien de renda preta que ela usava.

Isso é batota amuou Envy.

Devon gemeu enquanto continuava a criar fricção entre a sua ereção, o material fino das suas calças e os calções de Envy.

Devon sorriu Talvez, mas isso não te está a impedir de me atiçares aqui, à frente de toda a gente.

Voltaram a estar de pé e Envy virou-se para ele, deslizando a coxa para o meio das pernas dele e ele imitou o movimento. Antes que ela pudesse protestar, a blusa de rede dela foi retirada e eles continuaram a dançar colados de forma sensual. Para qualquer pessoa pareceria que estavam a dançar, mas quem os conhecesse sabia exatamente o que é que Envy e Devon estavam a fazer.

Agora ordenou Devon e Envy não tinha escolha senão obedecer.

Tabatha observava-os com a respiração acelerada, enquanto Envy atirava a cabeça para trás e começava a atirar-se vigorosamente contra a coxa de Devon. Sentiu uma onda de calor espalhar-se pelo seu corpo e desejou, por um momento, que fosse ela que estivesse naquela jaula com alguém que a desejasse como Devon desejava Envy.

Quem me dera encontrar alguém assim suspirou Tabatha de forma prolongada, virando-se depois de novo para o bar.

Recuperou o seu lugar e olhou para Kat Então achas que o Kane tem sentido de humor. Parece-te boa pessoa? Ela abanou a cabeça Se bem me lembro, foi ele que começou a confusão com os vampiros e tentou incriminar-vos por todos aqueles homicídios. O meu nome e o da Envy quase que foram parar à lista das vítimas, lembras-te? Ela emborcou o resto da sua bebida, satisfeita por ter afastado a melancolia. Agora só precisava de parar de ficar excitada a todo o momento.

Ele ajudou a salvar-te a ti e à Envy. Kat inclinou a cabeça enquanto estudava Tabatha. Ela tinha jeito para captar as vibrações das pessoas e, de repente, apercebeu-se que Kriss não era o único homem na mente de Tabby.

Foi? Tabatha fez a pergunta e empurrou o copo vazio na direção de Kat. Às vezes pergunto-me porque é que ele estaria lá. Aqueles vampiros estavam a venerá-lo como se ele fosse o deus de todo o mal. E a única razão pela qual ele me pôs as mãos foi porque ele lhes disse que queria ser o primeiro a saborear-me.

Ele mordeu-te? Perguntou Kat.

Não admitiu Tabatha, tentando bloquear a memória de Kane a lamber-lhe a ferida e depois a beijá-la. Rangeu os dentes quando sentiu uma palpitação profunda entre as coxas. Tens razão Ele ajudou a salvar-nos, só que de uma forma bastante demente. Enfiou a mão na carteira e puxou duas notas de vinte, que estendeu a Kat. Corta-me o consumo quando isto acabar.

Kat pegou nas duas notas e colocou-as na prateleira ao lado da caixa. Pegando no copo de Tabatha, começou a preparar-lhe outra bebida e decidiu deixar de fora o Heat desta vez, já que obviamente a rapariga queria embebedar-se à moda antiga. Talvez Tabatha ficasse mais tranquila se soubesse o resto da história por trás das artimanhas de Kane.

Colocando uma bebida fresca à frente de Tabatha, Kat inclinou-se na direção do bar: Sabias que o Kane esteve enterrado durante trinta anos?

Tabatha acenou com uma expressão de desagrado. Já ouvi algo sobre isso, mas não a história toda.

Amy Blankenship, RK Melton

Ligação de Sangue

Ligação de SangueSaga Laços de Sangue Livro 5Amy Blankenship, RK MeltonTranslated by Andreia PereiraCopyright © 2012 Amy BlankenshipSegunda Edição Publicada por TekTimeTodos os direitos reservados

Capítulo 1

A cidade de Los Angeles estendia-se à sua volta num caleidoscópio de cores e luzes intermitentes. Os sons distantes da vida urbana ecoavam nos seus ouvidos, mas Syn não lhes prestava atenção, escutando em vez disso o sussurro da brisa suave que se movia à sua volta. Estava de pé, em equilíbrio perfeito, no pico de um dos edifícios mais altos da cidade, com os pés a tocar apenas no seu pináculo.

Syn tinha as mãos enterradas nos bolsos das calças, enquanto a sua gabardina esvoaçava atrás de si como uma capa longa que parecia desaparecer e surgir de novo de forma aleatória, como se tivesse vida própria. O vento afastara o seu longo cabelo escuro, revelando no seu rosto uma beleza intemporal, do tipo que raramente se vê neste mundo.

Tinha tomado a precaução de colocar um escudo sobre a sua aura para se proteger de todas as criaturas que o pudessem detetar, mas conseguia sentir essas auras no chão, bem lá em baixo. A andar nas suas vidas entre os humanos, praticamente sem preocupações.

Olhando para o terraço da cobertura diretamente por baixo de si, sorriu maliciosamente quando ouviu Damon entregar a Alicia a pedra de sangue. Colocou-a dentro dela para que ela pudesse estar sempre protegida da perigosa luz solar, que ameaçava a sua nova existência. Syn tinha orgulho na sua nora, alguém que desafiasse Damon e o mantivesse alerta em relação a tudo aquilo que era importante.

O seu sorriso afetado alargou-se quando os gritos de dor dela foram brevemente seguidos por gemidos de prazer e ele acenou a cabeça em aprovação. Ele mal podia esperar para conhecê-la.

Syn focou uma vez mais o seu olhar de tom ametista na cidade e viu as sombras escuras e malignas, mesmo em zonas de luz. Coisas que os outros não conseguiam ver. Ele não compreendia porque é que os seus filhos tinham decidido lutar nesta guerra contra os demónios. Na sua mente, ele via os demónios da mesma forma que via os humanos. Não se importando realmente com nenhuma das espécies. No entanto, os seus filhos e a sua obstinada alma gémea tinham decidido fazer-lhes frente, escolhendo proteger aqueles que não conseguiam defender-se face a tal guerra.

Um pequeno sorriso assomou-lhe os lábios quando se lembrou da sua esposa A sua alma gémea. Ela torcia sempre pelo mais desfavorecido, defendendo sempre os que eram considerados fracos. Ele imaginava que pouca coisa tivesse mudado desde as suas vidas anteriores. A alma era a mesma, independentemente de quantas vezes renascesse. Ela olhara para ele como inimigo uma vez, simplesmente porque o seu poder era muito superior ao da maioria no seu mundo. Ela demorou anos a mudar de ideias.

O sol já espreitava sobre o horizonte e Syn levantou o rosto para saudá-lo, permitindo que a luz fluísse por ele, sentindo a enorme quantidade de energia e preenchendo o seu corpo com ela. Syn sabia que os seus filhos tinham escolhido viver uma vida humana. Algo que ele nunca tinha tentado até agora. Outro indício de sorriso passou pelos seus lábios perfeitos quando uma ideia interessante lhe ocorreu.

Sim, poderia ser bastante divertido juntar-se a eles, já que a sua alma gémea também achava que era uma mera humana e vivia pelas suas leis. Ia juntar-se a eles, aproximar-se dela e convencê-la de que ele não era o inimigo, nem dela nem de ninguém. Desta vez, ia manter a maioria dos seus poderes ocultos para que ela não se sentisse tão ameaçada por ele. Ia tornar-se seu aliado, seu amigo e depois, uma vez mais, o seu companheiro.

*****

Misery sentou-se numa rocha, balançando as pernas para trás e para a frente, agitando os seus caracóis loiros com cada movimento. Tinha estado muito ocupada nessa semana, recrutando demónios para o seu exército crescente. Mesmo agora, alguns deles mantinham-se escondidos na escuridão que a rodeava, observando curiosamente.

A maioria dos demónios que reunira eram fracos, sem grandes poderes a referir, mas um soldado era mesmo assim. Por si só, era débil. Mas reunidos num exército, poderiam abrir caminho por entre os inimigos mais fortes sem receio quanto às suas próprias baixas.

Esta noite, Misery tinha sentido o poder de uma aura antiga na floresta que rodeava um dos lados da cidade e tinha-a seguido até uma gruta profunda. A energia malévola erguera-se na direção dela, tentando afastá-la da sua casa, mas Misery apenas achara divertido o seu esforço. Isso até a força a empurrar fisicamente para trás.

Quando ela se levantou para encarar o demónio, tudo o que viu foi um corvo sentado numa pedra com as asas eriçadas. Ao procurar a sua alma negra, Misery acalmou-se ao perceber que esta ave era um dos mestres antigos que ficara esquecido quando os caídos levaram os outros para o submundo.

Este demónio tinha-se fundido com o cenário e fizera ali a sua casa. Os Nativos Americanos deste território consideravam o demónio como um grande espírito a ser adorado e reverenciado e, com essa adoração, o mestre demoníaco tinha-se fortalecido.

Misery conseguia sentir o sabor da raiva que este demónio tinha contra os humanos pálidos que deambulavam livremente pelas suas terras e procurou tirar partido disso. Ela faria um acordo com o demónio, em vez de lutar contra ele. Uma batalha que ela sabia agora que teria perdido. O demónio antigo pareceu agradado com a ideia de libertar a sua espécie da sua prisão dimensional e deu-lhe instruções para que realizasse um sacrifício de sangue Uma das ferramentas de que ele iria precisar para ajudá-la antes de voar na direção da floresta.

Quando Misery voltou à caverna com dois vampiros e um homem semiconsciente e fascinado, o espírito malévolo já a aguardava. Os olhos vermelhos e reluzentes do corvo fixavam-na de forma penetrante antes da ave levantar voo. Misery seguiu-a, embrenhando-se na floresta mesmo até ao limite da reserva de caça. Entrara numa pequena clareira e foi com alguma surpresa que viu um velho sentado junto a uma grande fogueira.

Chamo-me Black Crow, afirmou o velho.

Misery acenou respeitosamente. Lembrou-se das formas sagradas de lidar com o poder de um demónio que fosse superior ao seu próprio poder. Sou a Misery.

Black Crow riu-se em tom de escárnio. O que sabes tu da verdadeira miséria?

Misery permaneceu em silêncio, mordendo a língua para evitar responder. Ela tinha poder e ele sabia-o. Ela tinha a certeza de que ele conseguia senti-la da mesma forma que ela o sentia a ele.

Black Crow levantou-se e aproximou-se deles. Ela observava a sua aparência humana e não conseguia compreender porque é que alguém tão poderoso havia de escolher um corpo tão frágil. Ele parecia idoso, muito velho e enrugado, com longos cabelos brancos, e vestia calças de pele curtida de veado. A camisa era feita da mesma pele de veado e adornada com contas e penas. Trazia uma pequena bolsa pendurada na anca e tinha mais penas entrançadas no cabelo acima de uma orelha.

Black Crow esticou o braço de forma abrupta e levantou a cabeça do humano pelo cabelo para olhar para o seu rosto. Este serve perfeitamente, disse ele e voltou para junto da fogueira.

O que queres que faça? Perguntou Misery.

Temos de aguardar, proferiu Black Crow e adicionou mais troncos à fogueira.

Misery deu azo à sua irritação: Aguardar o quê, ancião? Eu não tenho a eternidade. A minha guerra irá acontecer com ou sem a sua ajuda.

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