Infiltrado - Джек Марс


I N F I L T R A D O


(UMA SÉRIE DE SUSPENSES DO ESPIÃO AGENTE ZERO — LIVRO 1)


J A C K M A R S

Jack Mars


Jack Mars é o autor da série best-seller LUKE STONE, que inclui sete livros (com outros a caminho). Ele também é o autor do novo livro FORGING OF LUKE STONE, e da série de suspenses do espião AGENTE ZERO

Jack adora ouvir seus leitores, por favor, fique à vontade para visitar o site www.Jackmarsauthor.com. Entre na lista de e-mails e receba amostras grátis, conecte-se no Facebook e no Twitter para manter contato!


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LIVROS DE JACK MARS


UM THRILLER DE LUKE STONE

ALERTA VERMELHO: CONFRONTO LETAL (Livro #1)

O PREÇO DA LIBERDADE (Livro #2)

GABINETE DE CRISE (Livro #3)

UMA SÉRIE DE SUSPENSES DO ESPIÃO AGENTE ZERO

INFILTRADO (Livro #1)

ALVO ZERO (Libro #2)

ÍNDICE

CAPÍTULO UM

CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO QUATRO

CAPÍTULO CINCO

CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SETE

CAPÍTULO OITO

CAPÍTULO NOVE

CAPÍTULO DEZ

CAPÍTULO ONZE

CAPÍTULO DOZE

CAPÍTULO TREZE

CAPÍTULO QUATORZE

CAPÍTULO QUINZE

CAPÍTULO DEZESSEIS

CAPÍTULO DEZESSETE

CAPÍTULO DEZOITO

CAPÍTULO DEZENOVE

CAPÍTULO VINTE

CAPÍTULO VINTE E UM

CAPÍTULO VINTE E DOIS

CAPÍTULO VINTE E TRÊS

CAPÍTULO VINTE E CINCO

CAPÍTULO VINTE E SEIS

CAPÍTULO VINTE E SETE

CAPÍTULO VINTE E OITO

CAPÍTULO VINTE E NOVE

CAPÍTULO TRINTA

CAPÍTULO TRINTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E DOIS

CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

CAPÍTULO TRINTA E SEIS

CAPÍTULO TRINTA E SETE

CAPÍTULO TRINTA E OITO

“A vida dos mortos está na memória dos vivos.”

Marco Túlio Cícero

CAPÍTULO UM

A primeira aula do dia era sempre a mais difícil. Os estudantes entravam na sala de aula da Universidade de Columbia como zumbis cegos e desajeitados, seus sentidos estavam entorpecidos por sessões de estudo ou ressacas que duravam a noite inteira, ou uma combinação de ambas. Eles usavam calças de moletom e camisetas já usadas no dia anterior, seguravam copos de isopor com mocha latte de soja ou café blonde artesanal, ou qualquer outra coisa que as crianças estivessem bebendo nos dias de hoje.

O trabalho do professor Reid Lawson era ensinar, mas ele também reconhecia a necessidade de um impulso matinal, um estimulante mental para suplementar a cafeína. Lawson deu-lhes um momento para encontrarem os seus lugares e se sentirem confortáveis enquanto tirava o casaco esportivo de tweed e o pendurava na cadeira.

"Bom dia", ele disse em voz alta. O anúncio abalou vários estudantes, que ergueram os olhos de repente, como se não tivessem percebido que haviam entrado em uma sala de aula. "Hoje, vamos falar sobre piratas."

Isso chamou a atenção. Olhos para frente, piscando através da névoa da privação de sono e tentando determinar se ele realmente disse “piratas” ou não.

"Do Caribe?", brincou um estudante de segundo ano que estava na primeira fila.

"Do Mediterrâneo, na verdade", corrigiu Lawson. Ele andava devagar com as mãos cruzadas atrás das costas. "Quantos de vocês tiveram aulas com o professor Truitt sobre impérios antigos?" Cerca de um terço da classe levantou as mãos. "Bom. Então você sabe que o Império Otomano foi uma grande potência mundial por quase seis séculos. O que você pode não saber é que os corsários otomanos, ou mais coloquialmente, os piratas bárbaros, espreitavam os mares durante grande parte do tempo. Desde a costa de Portugal, passando pelo Estreito de Gibraltar e grande parte do Mediterrâneo. O que você acha que eles estavam procurando? Alguém? Eu sei que há alguém “vivo” aqui.

"Dinheiro?", perguntou uma garota na terceira fileira.

"Tesouro", disse o menino do segundo ano que sentava na frente.

"Rum!" Veio um grito de um estudante do sexo masculino atrás dele, provocando uma risada da classe. Reid sorriu também. Havia vida nesta multidão, finalmente.

"Todas são boas suposições", disse ele. “Mas a resposta é “todas as alternativas acima”. Vejam, os piratas bárbaros preferiam principalmente navios mercantes europeus, e eles levavam tudo, e eu quero dizer tudo mesmo. Sapatos, cintos, dinheiro, chapéus, mercadorias, o próprio navio... E sua tripulação. Acredita-se que no período de dois séculos entre 1580 e 1780, os piratas bárbaros capturaram e escravizaram mais de dois milhões de pessoas. Eles levavam tudo de volta para o reino deles no norte da África. Isso continuou por séculos. E o que você acha que as nações europeias fizeram?

"Declararam guerra!", gritou o aluno dos fundos.

Uma moça de óculos de aro tartaruga ergueu um pouco a mão e perguntou: “Eles fizeram um tratado?”

"De certa forma", respondeu Lawson. “Os poderes da Europa concordaram em prestar homenagem às nações Barbárias, na forma de enormes somas de dinheiro e bens. Eu estou falando de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Holanda... Eles estavam pagando aos piratas para ficar longe de seus barcos. Os ricos ficaram mais ricos e os piratas recuaram, a maioria. Mas então, entre o final do século XVIII e início do século XIX, algo aconteceu. Ocorreu um evento que seria um catalisador para o fim dos piratas bárbaros. Alguém quer arriscar um palpite?

Ninguém falou nada. À sua direita, Lawson viu um garoto rolando a tela do seu telefone.

"Sr. Lowell, disse ele. O garoto virou repentinamente para prestar atenção. "Algum palpite?"

"Um... O surgimento da América?"

Lawson sorriu. “Você está me perguntando ou me contando? Seja confiante em suas respostas, e o resto de nós, pelo menos, achará que você sabe do que está falando.”

"A América surgiu", ele disse novamente, mais enfaticamente desta vez.

"Está certo! A América surgiu. Mas, como você sabe, nós éramos apenas uma nação novata. A América era mais nova que a maioria de vocês. Tivemos que estabelecer rotas comerciais com a Europa para impulsionar a nossa economia, mas os piratas começaram a tomar nossos navios. Quando dissemos: "Que diabos é isso, caras?", Eles exigiram um tributo. Nós mal tínhamos um tesouro. Nosso cofrinho estava vazio. Então, qual escolha nós tivemos? O que poderíamos fazer?

“Declarar guerra!” Veio um grito familiar dos fundos da sala.

“Precisamente! Não tivemos escolha a não ser declarar guerra. Então, a Suécia já lutava contra os piratas há um ano e, juntos, entre 1801 e 1805, tomamos o porto de Trípoli e tomamos a cidade de Derne, efetivamente encerrando o conflito. Lawson encostou-se à borda da mesa e cruzou as mãos na frente dele. “Claro, isso está encobrindo muitos detalhes, mas essa é uma aula de história europeia, não de história norte-americana. Se você tiver a chance, faça algumas leituras sobre o tenente Stephen Decatur e o USS Philadelphia. Mas eu estou desviando do assunto. Por que estamos falando de piratas?

“Porque piratas são legais!”, disse Lowell, que desde então havia guardado o celular.

Lawson riu. "Eu não posso discordar. Mas não, esse não é o ponto. Estamos falando de piratas porque a Guerra Tripolitana representa algo raramente visto nos anais da história.” Ele se endireitou, examinando a sala e fazendo contato visual com vários alunos. Pelo menos agora Lawson podia ver a luz em seus olhos, um vislumbre de que a maioria dos estudantes estavam vivos esta manhã, mesmo se não estivessem atentos. “Por séculos, literalmente, nenhuma das potências europeias queria resistir às nações da Barbária. Era mais fácil apenas pagá-los. Foi preciso que a América, que na época era uma piada para a maior parte do mundo desenvolvido, fizesse a mudança. Foi preciso um ato de desespero de uma nação que foi irremediavelmente desarmada para provocar uma mudança na dinâmica de poder da rota comercial mais valiosa do mundo na época. E aí está a lição.

"Não mexa com a América?" Alguém lançou.

Lawson sorriu. "Bem, sim." Ele enfiou um dedo no ar para explicar sua visão. “Mas, além disso, o desespero e uma total falta de escolhas viáveis levaram, historicamente, a alguns dos maiores triunfos que o mundo já viu. A história nos ensinou, repetidas vezes, que não existe um regime grande demais para tombar, não há nenhum país pequeno demais ou fraco demais para fazer uma diferença real. Ele piscou. "Pense nisso da próxima vez em que você estiver se sentindo como um pouco mais do que uma partícula neste mundo."

No final da aula, havia uma diferença marcante entre os alunos que se arrastavam cansados, mas que haviam entrado, e o grupo que conversava e ria fora da sala de aula. Uma garota de cabelos cor-de-rosa parou ao lado de sua mesa para sair sorrindo e comentar: “Ótima conversa, professor. Qual é mesmo o nome daquele tenente americano que você mencionou?

"Ah, Stephen Decatur."

"Obrigada." Ela anotou e correu corredor afora.

"Professor?"

Lawson olhou para cima. Era o garoto do segundo ano na primeira fila. “Sim, Sr. Garner? O que posso fazer por você?"

“Imaginando se posso pedir um favor. Estou me candidatando a um estágio no Museu de História Natural, e devo usar uma carta de recomendação.”

“Claro, tranquilamente. Mas você não é um especialista em antropologia?”

"Sim. Mas achei que uma carta sua poderia ter um pouco mais de peso, sabe? E, bem... O garoto olhou para os sapatos. "Esta é uma das minhas aulas favoritas."

"Sua aula favorita até agora." Lawson sorriu. "Eu ficaria feliz em fazer isso. Trarei para você amanhã. Ah, na verdade, eu tenho um compromisso importante hoje à noite que não posso perder. Que tal na sexta-feira?”

“Sem pressa. Sexta-feira está ótimo. Obrigado professor. Até mais!” Garner correu corredor afora, deixando Lawson sozinho.

Ele olhou ao redor do auditório vazio. Essa era a sua hora favorita do dia, entre as aulas, a satisfação da anterior se misturava com a antecipação da próxima.

Seu telefone tocou. Era uma mensagem de texto de Maya. Em casa até às 5:30?

Sim, ele respondeu. Não perderia isso. O "engajamento importante" daquela noite era a noite de jogos na casa dos Lawson. Ele amava dedicar seu tempo extra às suas duas meninas.

Legal, sua filha mandou uma mensagem de volta. Eu tenho novidades.

Que novidades?

Mais tarde, ela respondeu. Ele franziu a testa para a mensagem vaga. De repente, o dia passou a parecer muito longo.

*

Lawson arrumou sua bolsa carteiro, vestiu seu casaco de inverno e correu para o estacionamento enquanto seu dia de aula chegava ao fim. O mês de fevereiro em Nova York era tipicamente frio e, ultimamente, estava ainda pior. O mais leve dos ventos era absolutamente gélido. Ele ligou o carro e deixou o motor aquecer por alguns minutos, colocando as mãos sobre a boca e soprando a respiração quente sobre os dedos congelados. Este era seu segundo inverno em Nova York, e não parecia que ele estava se acostumando com o clima mais frio. Na Virgínia, ele achava que cinco graus em fevereiro era frio. Pelo menos não está nevando, ele pensou. Ainda bem.

O trajeto do campus da Columbia para casa era de apenas 11 quilômetros, mas o tráfego nessa hora do dia era pesado e os passageiros em geral, estavam irritados. Reid driblava isso com áudio livros, recentemente recomendados por sua filha mais velha. No momento, ele estava ouvindo O nome da rosa, de Umberto Eco, embora hoje ele mal tenha conseguido ouvir aquelas palavras. Ele estava pensando na mensagem enigmática de Maya.

A casa dos Lawson era um bangalô de dois andares, feito de tijolos marrons em Riverdale, no extremo norte do Bronx. Ele amava o bairro bucólico e suburbano, a proximidade da cidade e da universidade, as ruas sinuosas que davam lugar a largas avenidas para o sul. As garotas adoravam também, e se Maya fosse aceita na Columbia, ou até mesmo na escola de segurança da NYU, ela não teria que sair de casa.

Reid imediatamente soube que algo estava diferente quando ele entrou na casa. Ele podia sentir o cheiro no ar, e ele ouviu as vozes abafadas vindas da cozinha no final do corredor. Ele largou a bolsa e tirou silenciosamente seu casaco esportivo antes de sair cuidadosamente do saguão.

“O que está acontecendo aqui?" Ele perguntou como se fosse um cumprimento.

“Oi, papai!” Sara, sua filha de quatorze anos, saltou na ponta dos pés enquanto observava Maya, sua irmã mais velha, realizar algum ritual suspeito sobre uma assadeira Pyrex. "Estamos fazendo o jantar!"

"Eu estou fazendo o jantar", Maya murmurou, sem olhar para cima. "Ela só observa."

Reid piscou surpreso. "OK. Eu tenho algumas perguntas. Ele olhou por cima do ombro de Maya enquanto ela passava algo brilhante e arroxeado em uma fileira de costeletas de porco. "Começando com... Hã?"

Maya ainda não olhou para cima. “Não me olhe daquele jeito,” ela disse. “Já que eles vão manter a obrigatoriedade do curso de gestão do lar e da comunidade, eu farei disso algo útil." Finalmente, ela olhou para ele e sorriu timidamente. "E não fique mal-acostumado."

Reid levantou as mãos defensivamente. "Certamente."

Maya tinha dezesseis anos e era perigosamente esperta. Ela claramente herdou o intelecto da mãe; ela estava no último ano letivo por ter pulado a oitava série. Ela tinha o cabelo escuro, o sorriso pensativo e o talento dramático de Reid. Sara, por outro lado, tinha o visual inteiramente como o de Kate. Quando ela se tornou uma adolescente, às vezes, era doloroso para Reid olhar para o rosto dela, embora ele nunca demonstrasse isso. Ela também tinha o temperamento explosivo de Kate. Na maioria das vezes, Sara era um amor de pessoa, mas de vez em quando ela explodia, e as consequências poderiam ser devastadoras.

Reid assistiu com espanto quando as meninas colocaram a mesa e serviram o jantar. "Está incrível, Maya," ele comentou.

"Ah, espere. Mais uma coisa. Ela pegou algo da geladeira - uma garrafa marrom. "A belga é a sua favorita, certo?"

Reid estreitou os olhos. "Como você…?"

"Não se preocupe, a tia Linda comprou ela para mim." Ela retirou a tampa e despejou a cerveja em um copo. "Isso. Agora podemos comer.”

Reid ficou extremamente grato por ter a irmã de Kate, Linda, a poucos minutos de distância. Ganhar o cargo de professor associado e criar duas meninas adolescentes teria sido uma tarefa impossível sem ela. Foi uma das principais motivações para a mudança para Nova York, assim as garotas teriam uma influência feminina positiva por perto. (Embora tivesse que admitir, que não gostou de saber que a Linda comprou cerveja para a sua filha adolescente, mesmo sendo para ele beber.)

"Maya, que maravilha,” ele disse depois da primeira mordida.

"Obrigada. É um molho chipotle.

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