Obcecada - Морган Райс 4 стр.


Por fim, a oficial estendeu a mão e apertou a mão de Maria. Ela olhou profundamente em seus olhos.

"Kyle... ele é um vampiro, não é?"

De sua posição de pé, o oficial Waywood jogou os braços no ar e zombou. "Sadie, você enlouqueceu! Essa coisa de vampiro é apenas uma idiotice!"

A policial se levantou rapidamente, aproximando o rosto do homem.

"Não se atreva a dizer tal coisa," disse ela. "Eu sou uma policial. É meu dever questionar esta testemunha. Como posso questioná-la adequadamente sem lhe dizer o que sabemos?" Antes que oficial Waywood teve a chance de responder, Sadie acrescentou: "E é oficial Marlow, por favor."

O oficial Waywood lhe deu um olhar descontente.

"Oficial Marlow," ele disse, enunciando através de seus dentes, "em minha opinião profissional, introduzir a ideia de vampiros para uma testemunha mentalmente instável é uma má ideia."

De seu lugar na cama, Maria começou a balançar. Ela podia sentir a parte sã dela, enterrada tão profundamente por baixo de tudo o que Lore tinha feito a ela, começando a vir à tona. De alguma forma, o fato de a oficial Marlow acreditar em vampiros estava ajudando as peças presas de sua mente a se libertarem. Ela tentou falar e, finalmente, um barulho veio da sua garganta.

"Guerra."

Os dois oficiais pararam de discutir e olharam para Maria.

"O que ela disse?" disse o oficial Waywood com uma carranca em seu rosto.

A oficial Marlow correu para a cama e sentou-se ao lado dela.

"Maria?" Ela perguntou. "Diga isso de novo."

"Gue…" Maria tentou. Ela fechou os olhos e respirou fundo. Sua lucidez estava voltando para ela. Sua mente estava se tornando sua novamente. Finalmente, ela conseguiu pronunciar a palavra. "Guerra."

A policial Marlow olhou para seu colega. "Eu acho que ela está dizendo 'guerra'".

Ele balançou a cabeça, com uma expressão preocupada no rosto.

Maria respirou fundo outra vez, desejando que a parte lúcida assumisse o controle para dizer-lhes o que ela tão desesperadamente precisava.

"Vampiro," disse ela por entre os dentes cerrados. "Vampiro. Guerra."

O rosto da oficial Marlow empalideceu.

"Continue," ela pediu à Maria.

Maria lambeu os lábios. Precisou forçar cada grama de seu corpo para permanecer presente.

"Kyle," disse ela com uma careta. "Líder."

A oficial Marlow apertou a mão de Maria. "Kyle vai liderar uma guerra de vampiros?"

Maria apertou de volta e assentiu.

"Scarlet," acrescentou. "Única. Esperança."

Marlow exalou e endireitou-se. "Você sabe onde Scarlet é?"

Maria rangeu os dentes e falou com o maior cuidado que conseguiu. "Com o Sage... no castelo."

De repente, uma dor profunda começou dentro do cérebro de Maria. Ela gritou e agarrou sua cabeça, puxando os cabelos em seus punhos apertados. Imediatamente, ela soube que sua parte sã estava sendo dominada de novo pelo que Lore havia feito para ela. Ela estava se esvaindo.

"Ajude-me!" Ela gritou.

Ela começou a puxar suas amarras e a se debater descontroladamente.

Em pânico, a oficial Marlow se levantou. Ela olhou por cima do ombro para o seu parceiro.

"Avise o departamento," ela ordenou.

Ela tentou acalmar Maria, mas a menina estava descontrolada. Ela estava gritando mais e mais. A porta se abriu e psicólogo entrou apressado.

"O que aconteceu?" Ele gritou.

"Nada," a oficial Marlow disse, recuando. "Ela simplesmente se descontrolou."

Ela se afastou enquanto o psicólogo tentava acalmar Maria e ficou ao lado de seu parceiro.

"Você ligou?" ela perguntou, ofegante de angústia.

"Não," ele respondeu laconicamente.

A policial Marlow franziu a testa e pegou o walkie-talkie. Mas Waywood inclinou-se e o agarrou de suas mãos.

"Não," ele retrucou. "O chefe não quer ouvir essa porcaria. Ele tem que tomar conta de toda sua equipe e você quer incomodá-lo porque uma garota louca pensa que há uma guerra de vampiros!"

Sobre o som dos gritos de Maria, Sadie Marlow falou com uma voz apressada, insistente.

"O Chefe enviou-nos aqui por uma razão. Por que ele iria querer questionar uma 'garota louca' se ele não achasse que ela poderia ajudar? Kyle quer Scarlet Paine. Essa menina," ela apontou para Maria, "é o mais próximo que vamos chegar de encontrá-la e talvez acabar com essa coisa. Se ela sabe alguma coisa, então eu tenho certeza que o Chefe vai querer saber."

Waywood sacudiu a cabeça.

"Tudo bem," disse ele, empurrando o walkie-talkie de volta para ela. "É a sua carreira em risco, não a minha. Deixe o chefe pensar que você é uma lunática."

Marlow arrebatou o dispositivo de seu parceiro e clicou no botão.

"Chefe? É Marlow. Eu estou no instituto com a testemunha."

O walkie-talkie estalou.

A oficial Marlow fez uma pausa, pesando suas palavras. "Ela disse que vai haver uma guerra de vampiros. Liderados por Kyle. E a única pessoa que pode pará-los é Scarlet Paine."

Ela olhou para as sobrancelhas levantadas do seu parceiro, sentindo-se uma tola. Em seguida, o walkie-talkie tocou novamente e a voz do chefe de polícia soou.

"Estou chegando."

CAPÍTULO SEIS

Scarlet tossiu e limpou a poeira de seus olhos. Sua mente rodou enquanto tentava entender o que estava acontecendo ao seu redor. Em um momento os Imortais estavam avançando sobre ela e Sage, no momento seguinte, uma tremenda explosão abalou o castelo. Em seguida, o teto tinha cedido, trazendo consigo tijolos, madeiras, e pesadas telhas de ardósia.

Scarlet olhou a sua volta e descobriu que ela estava em um casulo de escombros. Estava tão escuro que ela mal podia enxergar. Uma poeira grossa obstruía seus pulmões, tornando sua respiração difícil.

"Sage?" Scarlet gritou para a escuridão.

Algo agitou-se ao lado dela.

"Scarlet?" veio a voz de Sage. "É você?"

O coração de Scarlet saltou quando ela percebeu que seu amado ainda estava vivo. Ela arrastou-se sobre pedras e detritos em direção a forma arqueada de Sage. Assim que ela chegou a ele, apertou seus lábios contra os dele.

"Estou com você," ela sussurrou.

"Scarlet, é tarde demais," ele respondeu.

Mas Scarlet não estava escutando. Ela passou os braços em torno de seu torso nu e o colocou sentado. Ele tombou, fraco, mal conseguindo suporta seu próprio corpo

"O que aconteceu?" ele perguntou, inspecionando os danos, sua voz pouco mais que um coaxar.

"Eu não tenho ideia," Scarlet respondeu.

Ela olhou ao redor novamente e, desta vez, começou a notar o emaranhado de Imortais esparramados pelo chão ou presos sob vigas do teto e aglomerados de tijolos e pedras. Chamas subiram de várias áreas diferentes, como estranhos arbustos laranjas.

Octal jazia imóvel no chão. Seu cajado estava ao lado dele, quebrado ao meio, e a cruz na ponta que tinha sido usado para perfurar Sage estava em chamas. Scarlet não sabia dizer se Octal estava morto ou não, mas ele certamente parecia incapaz de causar qualquer dano no momento.

Então Scarlet reconheceu a fuselagem de metal retorcido de um avião militar entre os escombros. Ela engasgou.

"Foi um avião," disse ela. "Um avião militar caiu no castelo."

Sage sacudiu a cabeça, confusão cruzou sua testa.

"Não há nenhuma razão para um avião estar aqui," ele respondeu. "Este castelo fica no meio do nada."

"A não ser que estivessem procurando por ele," Scarlet terminou a frase em seu lugar, assim que ela percebeu. "A não ser que estivessem procurando por mim.”

Então, um monte de tijolos foram deslocados e Sage fez uma careta quando um bateu em sua perna.

"Temos que sair daqui," Scarlet respondeu.

Não era apenas o perigo do edifício danificado que a preocupava, mas também os Imortais. Eles tinham que escapar antes que alguém retomasse seus sentidos.

Ela se virou para Sage.

"Você consegue correr?"

Ele olhou para ela com olhos cansados. "Scarlet. É tarde demais. Estou morrendo."

Ela rangeu os dentes. "Não é tarde demais."

Ele agarrou-lhe as mãos e olhou profundamente em seus olhos. "Ouça. Eu amo você. Mas você tem que me deixar morrer. Acabou."

Scarlet virou o rosto para longe dele e limpou a única lágrima que caiu de seu olho. Quando ela se virou para trás, ela estendeu a mão e puxou o braço de Sage através de seu ombro, deixando-o em uma posição ereta. Ele gritou de dor e caiu sobre ela. Quando ela começou a carregá-lo através do entulho e através das nuvens de fumaça acre, ela disse:

"Não acabou até eu disser que acabou."

*

O castelo estava em desordem. Embora o avião que colidiu fosse pequeno, os danos no antigo edifício tinham sido colossais.

Scarlet atravessava os corredores enquanto as paredes desmoronavam ao seu redor. Ela segurou Sage firmemente ao seu lado e ele se apoiou nela, gemendo de dor. Ele estava tão fraco e frágil que fazia o coração de Scarlet apertar. Tudo o que queria era levá-lo para algum lugar seguro.

Foi então que ela ouviu gritos vindo de trás.

"Eles estão fugindo!"

Scarlet percebeu, com uma sensação de desamparo, que eles estavam despertando e que, apesar de o castelo estar destruído e muitos de sua raça estarem feridos e moribundos ao seu redor, seu desejo de vingança iria levá-los adiante.

"Sage," disse Scarlet, "eles estão vindo atrás nós. Precisamos ir mais rápido."

Sage engoliu em seco e fez uma careta.

"Eu estou indo o mais rápido que consigo."

Scarlet tentou apressar o passo, mas a fraqueza de Sage estava deixando-os muito lentos. Ele teve que parar de correr. Ela tinha que encontrar um lugar seguro para se esconderem, para que pudessem ao menos se despedir.

Ela olhou por cima do ombro e viu vários Imortais avançando. Ali, na parte de trás, meio escondido pelas sombras, ela viu Octal. Então ele não estava morto.

À medida que o grupo se aproximava deles, Scarlet viu que metade do rosto de Octal estava gravemente queimada. Ele devia estar sentindo bastante dor, mas, mesmo assim, ainda queria fazer mal a ela e Sage. Scarlet ficou muito triste ao pensar que o amor entre ela e Sage indignava tanto os Imortais.

De repente, um poderoso acidente fez Scarlet saltar, enquanto um súbito jato de água gelada a encharcou. Ela olhou por cima do ombro esquerdo e percebeu que um lado inteiro do castelo desmoronou no mar, causando uma onda poderosa para cima deles.

Ela ouviu gritos e olhou para trás, viu os Imortais caindo no mar. Eles caíram tão rapidamente que nem sequer tiveram tempo para voar para algum lugar seguro e, assim que as ondas os pegaram, o mar bravo os tragou.

Quando as telhas começaram a ceder sob seus pés, Scarlet bateu as costas contra a parede do corredor e pressionou Sage com seu braço. A água negra se agitou vários pés abaixo deles. Scarlet, de repente, sentiu como se estivesse se equilibrando precariamente na borda de uma montanha.

A única pessoa que restava em pé, do outro lado de um grande abismo, era Octal. Scarlet sabia que ele não levaria mais do que alguns segundos para voar aquela distância entre eles. Mas, em vez disso, ele decidiu esperar.

Ele acha que é impossível. Ele acha que nós vamos morrer.

"Rápido," ela disse a Sage. "Antes de cairmos no mar."

O oceano frio respingou em seu rosto enquanto ela o levava através da borda. A cada passo, mais pavimento rompia e caia no oceano. O coração de Scarlet disparou com angústia. Ela rezou para que eles conseguissem sair do castelo em segurança.

"Ali," ela disse para Sage. "Só mais alguns passos."

Mas assim que as palavras deixaram seus lábios, as telhas sob os pés de Sage racharam. Ele só teve tempo de olhar em seus olhos antes que o piso cedesse e ele caísse para baixo, para a escuridão.

"Sage!" Scarlet gritou, sua mão estendida, tentando alcançá-lo.

Mas ele se fora.

Scarlet olhou para o outro lado do abismo e viu que um sorriso se espalhou pelo rosto terrivelmente desfigurado de Octal.

Sem um segundo de hesitação, Scarlet pulou da beira como um mergulhador salta de sua plataforma, e foi em direção à figura de Sage em queda. Segundos antes de cair no oceano, ela o acolheu em seus braços.

"Peguei você," ela sussurrou, apertando-o contra o peito.

Sage era pesado. Scarlet só conseguiu pairar no ar. Eles estavam a poucas polegadas acima das águas traiçoeiras. Ela sabia que não poderia voar para o alto, pois isso revelaria a Octal que tinham sobrevivido e ele os atacaria imediatamente.

Foi então que ela viu umas cavernas à sua direita. Eles eram naturais, corroídas na rocha sólida pelo oceano ao longo dos séculos. O castelo devia ter sido construído em cima delas.

Scarlet não perdeu tempo. Ela voou para dentro da caverna, com Sage em seus braços, e o pousou no chão. Ele caiu para trás e gemeu.

"Estamos bem," Scarlet lhe disse. "Conseguimos."

Mas ela estava toda molhada e tremendo. Seus dentes batiam enquanto falava. Quando ela segurou a mão de Sage, ela percebeu que ele estava tremendo demais.

"Nós não conseguimos," ele finalmente disse. "Tenho lhe dito o tempo todo, eu vou morrer. Esta noite."

Scarlet balançou a cabeça, fazendo as lágrimas de suas bochechas voarem.

"Não," ela disse.

Mas ela percebeu que era inútil. Sage estava morrendo. Era realmente verdade.

Ela o abraçou e deixou as lágrimas rolarem livremente. Elas desceram pelo seu rosto e pescoço. Ela não se preocupou em limpá-las.

Scarlet estava prestes a proferir seu adeus quando notou um brilho estranho vindo de debaixo de sua camiseta, exatamente onde seu coração estava. Ela balançou a cabeça, pensando primeiramente que ela devia estar alucinando. Mas o brilho ficou mais forte.

Ela olhou para baixo e percebeu que era seu colar que estava iluminado uma luz branca, que se espalhava através das dobradiças. Ela colocou a mão dentro de sua blusa e tirou seu colar. Ela nunca tinha sido capaz de abrir o colar, mas algo lhe dizia que desta vez seria diferente. Quando ela deslizou uma unha na trava, ela percebeu que suas lágrimas tinham escorrido para dentro dele. Talvez tivessem, de alguma forma, desbloqueado o pingente.

As duas metades se abriram e a luza branca irrompeu na caverna, iluminando as figuras de Scarlet e Sage. No meio da luz brilhante, havia uma imagem. Scarlet a analisou. Era um castelo no meio do mar, mas não o Castelo Boldt. Este era mais alto e mais fino, parecia mais uma torre elaborada do que um castelo real.

Scarlet balançou o ombro de Sage.

"Olhe," ela instruiu.

Sage conseguiu abrir metade de um olho cansado.

Scarlet o ouviu respirar bruscamente.

"Você sabe onde é?" Ela perguntou.

Sage assentiu. "Sim."

Em seguida, ele desabou a cabeça em seu colo, exausto.

Algo dentro de Scarlet lhe dizia que onde quer que aquele lugar fosse, era importante. E, se Sage o conhecia, então ele significava algo para os Imortais. Por que seu colar estava lhe mostrando um lugar assim? E por que só se abriu quando suas lágrimas caíram sobre ele? Certamente era uma pista.

Scarlet fechou o colar de uma vez e o brilho branco desapareceu, levando consigo a imagem de um castelo torto no meio de um oceano em fúria. De alguma forma, ela sabia no fundo que, se levasse Sage para este castelo, ele viveria. Mas ela estava ficando sem tempo.

Ela colocou Sage inconsciente sobre suas costas. Ele era pesado, mas, desta vez, Scarlet estava mais determinada do que nunca e mais certa de que ainda havia esperança. Ela voou para o céu.

Iria salvá-lo. Não importava as circunstâncias.

CAPÍTULO SETE

Caitlin lutava para recuperar o fôlego após cair no céu noturno. Em um momento Caleb tinha apertado o botão de ejeção e, no seguinte, o avião de repente não estava mais ao seu redor. Ela estava no ar negro, caindo em direção ao oceano em fúria.

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