"Meu amigo, ainda não inventaram um 'objeto misterioso' que possa esmagar a minha nave", disse Petri com um sorriso diabólico.
Com uma manobra que fez perder a ambos, por um momento, o equilÃbrio, Petri impostou os dois motores Bousen uma inversão de polaridade instantânea. A nave espacial tremeu por longos momentos e apenas o sistema de gravidade artificial refinado, assegurando uma compensação imediata na variação, impediu que toda a tripulação acabasse esmagada na parede na frente deles.
"Ãtimo trabalho" disse Azakis dando um tapinha vigorosa no ombro do amigo. "Mas agora, como você vai parar a rotação?" Os objetos na sala já tinham começado a subir e a girar dando voltas no ambiente.
"Só um minuto", disse Petri pressionando botões e mexendo com os controles.
"Basta só..." Uma série de gotas de suor escorria lentamente da sua testa. "abrir a...", continuou ele, enquanto tudo o que estava na sala voava incontrolavelmente. Até os dois começaram a se alçar do chão. O sistema de gravidade artificial já não podia compensar a imensa força centrÃfuga gerada. Eles estavam sempre mais leves.
"a... a porta... três!" gritou Petri no final, enquanto todos os objetos caÃram no piso. Uma grande caixa pesada, atingiu Azakis exatamente entre a terceira e quarta costela, forçando-o a emitir um gemido maçante. Petri, a partir da altura de meio metro de onde foi pairar, caiu sob o painel de instrumentos, em uma posição por nada natural e decididamente ridÃcula.
A estimativa do impacto tinha caÃdo para 18% e continuou a diminuir rapidamente.
"Tudo Bem?" logo perguntou Azakis, tentando esconder a dor no lado atingido.
"Sim, sim. Eu estou bem, estou bem", disse Petri tentando se levantar.
Um momento depois Azakis estava chamando o resto da tripulação que prontamente comunicava ao seu comandante a ausência de danos a pessoas e bens.
A manobra apenas executada, tinha desviado um pouco a Theos da rota anterior e a depressão causada pela abertura da porta tinha sido imediatamente compensada pelo sistema automatizado.
6%, 4%, 2%.
"distância do objeto: 60.000 km" Anunciou a voz.
Ambos estavam segurando a respiração, esperando de chegar à distância de 50.000 km na qual seria acionados os sensores de curto alcance. Esses momentos pareciam intermináveis.
"Distância do objeto: 50.000 Km. Sensores de curto alcance: ativos."
A figura borrada na frente deles, de repente ficou nÃtida. O objeto apareceu na tela, tornando visÃvel cada detalhe. Os dois amigos se olharam, espantados, olhos nos olhos.
"Inacreditável!" exclamaram em unÃssono.
NassÃria - Restaurante Masgouf
O Coronel Hudson caminhava nervoso, ao longo da diagonal do corredor em frente da sala principal do restaurante. Olhava, praticamente a cada minuto, o relógio tático que sempre mantinha no seu pulso esquerdo e que nunca tirava, mesmo para dormir. Ele estava tão entusiasmado como um adolescente em seu primeiro encontro.
Para matar o tempo, pediu um Martini com gelo e uma fatia de limão ao bartender bigodudo que, embaixo de sobrancelhas grossas, observava com curiosidade, enquanto ociosamente limpava uma série de copos.
O álcool, obviamente, não era permitido nos paÃses islâmicos, mas, para essa noite, tinha feito uma exceção. O pequeno restaurante foi totalmente reservado somente para os dois.
O Coronel, logo após fechar a conversa com a Dra. Hunter, tinha imediatamente entrado em contato com o proprietário do restaurante, especificamente pedindo o prato especial Masgouf, do qual o restaurante tinha pego o nome. Dada a dificuldade em encontrar o ingrediente principal, o esturjão do rio Tigre, queria ter certeza de que o local pudesse servir. Além disso, sabendo que precisa de pelo menos duas horas para prepará-lo, queria que tudo fosse cozinhado sem pressa e com a perfeição absoluta.
Para a noite, como o uniforme mimético certamente não seria adaptado à situação, decidiu tirar fora o seu terno escuro Valentino, combinado com uma gravata de seda Regimental com listras cinzas e brancas. Os sapatos pretos são engraxados como só um militar, sempre italianos. Claro, o relógio tático não tinha nada a ver, mas nunca poderia ficar sem ele.
"Chegaram." A voz saiu crepitante do receptor, parecido com um telefone celular, que mantinha no bolso interno do terno. Desligou o aparelho e olhou através da porta de vidro.
O grande carro escuro desviou de um saquinho amassado, levado pela ligeira brisa da noite rolava preguiçosamente na rua. Com uma manobra rápida parou em frente da entrada do restaurante. O motorista deixou a poeira abaixar, em seguida, cautelosamente saiu do carro. Do fone de ouvido escondido na sua orelha direita, vieram uma série de 'tudo libero'. Ele olhou atentamente em todas as posições anteriormente predefinidos até estar certo de que tinha identificado todos os seus homens que, em uniforme de combate, cuidariam da segurança dos dois comensais durante todo o jantar.
A área era segura.
Abriu a porta traseira e, gentilmente estendendo a sua mão direita, ajudou a convidada a descer do automóvel.
Elisa agradeceu o militar pelo gesto gentil, saiu suavemente do carro. Ela olhou para cima e encheu os pulmões do ar limpo da noite clara, se deu um momento para contemplar o magnÃfico espetáculo que só o céu estrelado do deserto sabia encenar.
O Coronel ficou por um momento indeciso se ir ao seu encontro ou ficar dentro da sala esperando a sua entrada. No final, escolheu sentar na esperança de melhor mascarar a sua agitação. Em seguida, fingindo indiferença, se aproximou do balcão, sentou num banco, descansou o cotovelo esquerdo na madeira escura, balançou um pouco o licor em seu copo e parou para observar a semente do limão se depositar lentamente no fundo.
A porta se abriu com um leve chiado e o motorista militar se inclinou para verificar se tudo estava em ordem. O Coronel deu um leve aceno de cabeça e o militar acompanhou Elisa ao interno, fazendo ela passar com um grande movimento da mão.
"Boa noite, Dra. Hunter", disse o Coronel, levantando-se do banco e mostrando o seu melhor sorriso. "A viagem foi confortável?"
"Boa noite, Coronel," Elisa respondeu com um sorriso deslumbrante "Tudo bem, obrigada. O motorista foi muito gentil."
"Você pode ir, obrigado", disse com voz autoritária o Coronel, ao soldado que o saudou, virou-se e desapareceu na noite.
"Uma bebida, doutora?" perguntou o Coronel, chamando com um aceno de sua mão o barman bigodudo.
"O mesmo que o senhor," Elisa respondeu imediatamente, apontando para o copo de Martini que o Coronel ainda estava segurando. Então, ela acrescentou, "Pode me chamar de Elisa, Coronel, se prefere."
"Perfeito. E você pode me chamar Jack. 'Coronel' vamos deixar para os meus soldados. "
à um bom começo, pensou o Coronel.
O barman preparou cuidadosamente o segundo martini e entregou à recém-chegada. Ela se aproximou o próprio copo ao do Coronel e brindou.
"Saúde" exclamou alegremente e deu um grande gole.
"Elisa, eu tenho que dizer que esta noite você está realmente maravilhosa", disse o Coronel passando os olhos da cabeça aos pés da sua convidada.
"Você também não está nada mal. O uniforme pode até ter o seu charme, mas eu prefiro você assim" disse sorrindo maliciosamente e inclinando a cabeça ligeiramente para um lado.
Jack, um pouco sem jeito, voltou a sua atenção para o conteúdo do copo que tinha em mão. Ele o observou por um momento, então engoliu em um gole.
"Que tal se nós vamos para a mesa?"
"Boa ideia", disse Elisa. "Estou morrendo de fome."
"Eu fiz preparar a especialidade da casa. Espero que você goste."
"Não me diga que você conseguiu que cozinhassem o Masgouf!" Ela exclamou com espanto, abrindo os belos olhos verdes. "à quase impossÃvel encontrar o esturjão do Tigre nessa época do ano."
"Para uma companhia como a sua não podia que exigir melhor", disse satisfeito o Coronel, vendo que sua escolha parecia ter sido muito apreciada. Ele gentilmente estendeu a mão direita e convidou a doutora a segui-lo. Ela, sorrindo maliciosamente, apertou a sua mão e se deixou acompanhar à mesa.
O local era decorado no estilo tÃpico local. Luz quente e suave, grandes cortinas em quase todas as paredes descendo do teto. Um grande tapete com desenhos Eslimi e Toranjdar, cobria quase todo o chão, enquanto alguns menores foram colocados nos cantos da sala, para enquadrar o tudo. à claro, a tradição queria que a refeição fosse consumida sentados no chão em travesseiros agradáveis e macios, mas, como bom ocidental, o Coronel tinha preferido uma mesa 'clássica'. Essa foi cuidadosamente preparada e as cores escolhidas para a toalha eram perfeitamente compatÃveis com o resto da sala. Um fundo musical onde uma Darbuka
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Uma noite perfeita.
Um garçom alto e magro se aproximou e educadamente, com uma reverência, convidou os dois convidados para se sentar. O Coronel fez Elisa se acomodar e a ajudou com a cadeira, em seguida, sentou-se na sua frente, tomando cuidado para não fazer a gravata cair dentro do prato.
"Ã realmente lindo aqui", disse Elisa, olhando ao redor.
"Obrigado", disse o Coronel. "Devo confessar que temia a sua opinião. Então eu pensei sobre sua paixão por esses lugares e pensei que poderia ser a melhor escolha."
"Acertou em cheio!" Elisa exclamou mostrando mais uma vez o seu maravilhoso sorriso.
O garçom abriu uma garrafa de champanhe e, enquanto enchia os copos de ambos, um outro se aproximou com uma bandeja na mão, dizendo: "Para começar, por favor, aceite um Most-o-bademjan.
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Os dois comensais pareciam satisfeitos, pegaram os dois cálices e beberam novamente.
A cerca de uma centena de metros do local, dois tipos estranhos em um carro escuro mexiam em um sofisticado sistema de vigilância.
"Você viu como o Coronel mima a donzela?" disse sorrindo um decididamente obeso, que estava no banco do motorista, enquanto mordia um enorme sanduÃche e se enchia de migalhas barriga e calças.
"Foi uma ideia genial colocar um emissor no brinco da doutora" respondeu o outro, muito mais magro, com os olhos grandes e escuros, que bebia café da um copo grande de papel marrom. "A partir daqui podemos perfeitamente ouvir tudo o que eles dizem."
"Olha, para não criar problemas e registra de tudo", avisou, "caso contrário, vão nos fazer pagar por esses brincos."
"Não precisa se preocupar. Eu conheço muito bem esse aparelho. Não vai escapar mesmo um sussurro."
"Devemos que descobrir o que realmente descobriu a doutora", acrescentou o gordo. "Nosso lÃder tem investido muito dinheiro para seguir secretamente esta investigação."
"Não deve ter sido fácil vista a forte estrutura de segurança que o Coronel preparou." O homem magro olhou para o céu com cara de sonhador e acrescentou: "Se tivessem dado a mim um milésimo de todo aquele dinheiro, agora eu estaria deitado sob uma palmeira em Cuba, tendo como única preocupação a de escolher entre uma Margarita ou uma Piña Colada."
"E talvez com um monte de garotas em biquÃni que passam o filtro solar em você", disse o gordo, caindo na gargalhada, enquanto o movimento da barriga fazia cair no chão parte das migalhas.
"Este aperitivo é delicioso." A voz da doutora saiu ligeiramente distorcida pelo pequeno alto-falante no painel. "Devo confessar que eu não esperava encontrar por trás dessa fachada de militar rude, um homem tão refinado."
"Bem, obrigado Elisa. Eu também não esperava que atrás de uma doutora tão altamente qualificada, além de muito bonita, tivesse também uma mulher muito gentil e agradável" disse a voz do Coronel, sempre um pouco distorcida, mas com um volume ligeiramente inferior.
"Olha como eles flertam", disse o homão no banco do motorista. "Eu acho que eles vão acabar na cama."
"Eu não tenho tanta certeza", afirmou outro. "A nossa doutora é muito, muito inteligente e não acho que um jantar e alguns elogios decadentes podem ser suficientes para fazê-la cair em seus braços."
"Dez dólares que ela não passa dessa noite", disse o homem gordo estendendo a mão direita para o colega.
"Ok, aceito", exclamou o outro apertando a mão grande.
Astronave Theos - O Objeto Misterioso
O objeto que se materializou diante dos dois companheiros atônitos, definitivamente não era nada que a natureza, apesar de sua imaginação infinita, pudesse criar de forma independente. Parecia uma espécie de flor metálica com três pétalas longas, sem haste, com um pistilo central com uma forma ligeiramente cônica. O lado de trás do pistilo tinha a forma de um prisma hexagonal, com a superfÃcie de base ligeiramente maior do que a do cone posicionado no lado oposto e que servia como suporte para a estrutura inteira. A partir dos três lados do hexágono ramificavam pétalas equidistantes retangulares, com um comprimento de pelo menos quatro vezes maiores do que a base.
"Parece um tipo de velho moinho de vento, como aqueles que eram usados séculos atrás, nos grandes pratos do leste", disse Petri, sem tirar os olhos do objeto, nem por um segundo, mostrado na tela grande.
Um arrepio percorreu as costas de Azakis, quando regressava à mente alguns protótipos antigos que os Anciãos tinham sugerido estudar antes da partida.
"à uma sonda espacial" disse com a decisão Azakis. "Eu vi alguns, feitas mais ou menos dessa forma, nos velhos arquivos da rede" disse que, enquanto se apressava a encontrar através a N ^ COM, mais informações sobre o assunto.
"Uma sonda espacial?" Petri disse, e se virou com ar assustado em direção ao seu companheiro. "E quando foi lançada?"
"Eu acho que não é o nosso."
"Não é nosso? O que quer dizer, meu amigo?"
"Quero dizer que não é e nem é estada construÃda nem lançada por um dos habitantes do planeta Nibiru."
O rosto Petri ficou cada vez mais preocupado. "Como assim?" Não me diga que você acredita naquela estupidez sobre alienÃgenas, hein?"
"O que eu sei é que nada desse tipo jamais foi construÃdo no nosso planeta. Eu verifiquei todo o arquivo da rede e não há nenhuma correspondência com o objeto que vemos. Nem mesmo nos projetos nunca realizados."
"Não é possÃvel!" disse Petri. "O seu N ^ COM deve estar fora de fase. Controla bem."
"Sinto muito Petri. Eu já verifiquei duas vezes e tenho absoluta certeza de que essa coisa não é nossa."
O sistema de visão de curto alcance gerou uma imagem tridimensional do objeto, recriando minuciosamente em seus mÃnimos detalhes. O holograma flutuava ligeiro no meio da sala de controlo, suspenso a cerca meio metro do solo.
Petri, com um movimento de sua mão direita, começou a fazê-lo girar lentamente, examinar cuidadosamente cada detalhe.
"Parece feito de uma liga de metal leve", disse Petri, com um tom muito mais técnico que espantado. "O poder dos motores devem ser fornecidas por esses três pétalas, o que parecem serem cobertas com um tipo de material sensÃvel à luz solar." Ele tinha finalmente começado a mexer nos comandos do sistema. "O pistilo deve ser uma espécie de antena de rádio de duas vias e o prisma hexagonal é definitivamente o "cérebro" dessa coisa."
Petri moveu mais rápido e mais rápido o holograma, inclinando em todas as direções. De repente, parou e disse: "Olhe aqui. Na sua opinião, o que é isso?" perguntou no momento em que ampliava os detalhes.