Sem Saída - Блейк Пирс 4 стр.


Encolheu os ombros e continuou, “Mas não foi como você disse. Eu nunca teria feito você passar por algo assim por dias. Nem mesmo por algumas horas. Eu não estou dizendo que você não está sendo verdadeira, apenas que sua imaginação às vezes leva a melhor. E eu entendo isso.”

Então Scarlatti voltou sua atenção para os outros no tribunal.

Ele disse, “Muita coisa aconteceu desde que perdi minha pequena Jilly. Estive em reabilitação e frequento regularmente os AA, e não bebo há meses. Espero nunca mais beber para o resto da minha vida. E tenho um trabalho estável – nada realmente impressionante, apenas trabalho de zeladoria, mas é um bom trabalho, e posso lhe dar uma referência do meu patrão em como me estou saindo muito bem.”

Então ele tocou no ombro da misteriosa mulher que estava sentado a seu lado.

“Mas houve outra grande mudança na minha vida. Eu conheci Barbara Long, a mulher mais maravilhosa do mundo, e ela é a melhor coisa que já me aconteceu. Estamos noivos e vamos casar no final deste mês.”

A mulher sorriu para ele com olhos brilhantes.

Scarlatti falou diretamente para Jilly naquele momento.

“Isso mesmo, Jilly. Não há mais famílias monoparentais. Você vai ter um pai e uma mãe – uma mãe de verdade depois de todos esses anos.”

Riley sentiu como se uma faca tivesse sido cravada em seu peito.

Jilly acabou de dizer que sou a mãe dela de verdade, Pensou. Mas o que poderia dizer sobre essa falha monoparental? Estava divorciada de Ryan antes mesmo de encontrar Jilly.

Scarlatti então dirigiu sua atenção para Brenda Fitch.

Disse, “Senhora Fitch, minha advogada acabou de dizer algumas coisas bem difíceis sobre você. Eu só quero que saiba que eu não guardo ressentimentos. Você tem feito o seu trabalho e eu sei disso. Eu só quero que saiba o quanto eu mudei.”

Então olhou Riley diretamente nos olhos.

"Senhora Paige, eu não guardo ressentimentos contra você também. De fato, sou grato por tudo que fez para cuidar de Jilly enquanto eu estava tentando me recuperar. Eu sei que não deve ter sido fácil para você, sendo solteira e tudo. E com uma adolescente sua para cuidar.”

Riley abriu a boca para protestar, mas Albert continuou falando calorosamente. "Eu sei que você se importa com ela, e não precisa se preocupar. Eu serei um bom pai para Jilly a partir de agora. E eu quero que continue fazendo parte da vida de Jilly.”

Riley ficou chocada. Agora percebia por que sua advogada ameaçara acusá-la de sequestro.

É um clássico bom policial, policial ruim.

Jolene Paget se apresentara como uma advogada preparada para fazer qualquer coisa para ganhar seu caso. Limpou o caminho para Scarlatti ser o cara mais legal do mundo.

E ele fora muito convincente. Riley não pôde deixar de se perguntar…

Será que ele afinal é realmente um cara legal?

Estaria a passar realmente por um mau bocado?

Pior de tudo – estaria errada em tentar tirar-lhe Jilly? Será que estaria apenas a acrescentar um trauma desnecessário à vida de Jilly?

Finalmente Scarlatti olhou suplicante para o juiz.

“Meritíssimo, peço-lhe, por favor, deixe-me ter minha filha de volta. Ela é minha carne e sangue. Não vai se arrepender da sua decisão. Eu prometo."

Uma lágrima escorreu por sua bochecha quando se sentou de novo.

Sua advogada se levantou, parecendo mais orgulhosa e confiante do que nunca.

Falou com Jilly com um tom de falsa sinceridade.

“Jilly, espero que entenda que seu pai quer apenas o que é melhor para você. Eu sei que teve problemas com ele no passado, mas me diga a verdade agora – isso não é um padrão em você?”

Jilly pareceu intrigada.

Paget continuou, "Eu tenho certeza que você não vai negar que fugiu de seu pai e foi assim que Riley Paige encontrou você."

Jilly disse, "Eu sei, mas isso foi porque…"

Paget interrompeu, apontando para os Flaxman.

"E você também não fugiu desse belo casal quando eles te levaram?"

Os olhos de Jilly se arregalaram e assentiu silenciosamente.

Riley engoliu em seco. Ela sabia o que Paget ia dizer em seguida.

"E não fugiu da senhora Paige e sua família?"

Jilly assentiu e baixou a cabeça miseravelmente.

E é claro que era verdade. Riley lembrou muito bem o quão difícil tinha sido para Jilly se adaptar à vida em sua casa e, especialmente, como lutou com sentimentos de indignidade. Em um momento especialmente fraco, Jilly correu para outra parada de caminhões, pensando que vender seu corpo era a única coisa para que servia.

"Eu não sou ninguém" Jilly disse a Riley quando a polícia a trouxe de volta.

A advogada fizera sua pesquisa bem, mas Jilly mudara muito desde então. Riley tinha a certeza de que aqueles dias de insegurança tinham acabado.

Ainda mantendo um tom de profunda preocupação, Paget disse a Jilly…

“Cedo ou tarde, querida, você precisa aceitar a ajuda de pessoas que se preocupam com você. E agora, seu pai quer lhe dar uma vida mais do que qualquer outra coisa. Acho que você lhe devia dar uma chance de fazer isso.”

Voltando-se para o juiz, Paget acrescentou, "Meritíssimo, deixo o assunto para sua decisão".

Pela primeira vez, o juiz pareceu genuinamente comovido.

Ele disse, “Sr. Scarlatti, seus comentários eloquentes me forçaram a reconsiderar minha decisão.

Riley ofegou em voz alta.

Isso está realmente acontecendo?

O juiz continuou, “O estatuto do Arizona é muito claro em relação à separação. A primeira consideração é a aptidão dos pais. A segunda consideração é o melhor interesse da criança. Somente se o pai for considerado inapto pode a segunda consideração ser posta em questão.”

Ele parou para pensar por um momento.

"A incapacidade do Sr. Scarlatti não foi estabelecida aqui hoje. Acho que, pelo contrário, ele parece estar fazendo tudo o que pode para se tornar um excelente pai”.

Parecendo alarmado, Kaul levantou-se e falou agudamente.

“Meritíssimo, eu me oponho. Sr. Scarlatti desistiu de seus direitos voluntariamente, e isso é completamente inesperado. Não havia qualquer motivo para trazer provas para estabelecer sua inaptidão”.

O juiz falou com uma nota de finalização e bateu o martelo.

“Então não tenho razão para considerar mais nada. A custódia é concedida ao pai, com efeito imediato.”

Riley não pôde deixar escapar um grito de desespero.

Isso é real, Pensou.

Eu estou perdendo Jilly.

CAPÍTULO CINCO

Riley estava quase hiperventilando enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

Certamente eu posso contestar essa decisão, Pensou.

A agência e o advogado poderiam facilmente reunir alguma evidência sólida do comportamento abusivo de Scarlatti.

Mas o que aconteceria nesse meio tempo?

Jilly nunca ficaria com o pai. Ela fugiria novamente – e desta vez poderia realmente desaparecer.

Riley podia nunca mais ver sua filha mais nova.

Ainda sentado, o juiz disse a Jilly, “Mocinha, acho que deveria ir ter com seu pai agora”.

Para surpresa de Riley, Jilly parecia totalmente calma.

Ela apertou a mão de Riley e sussurrou…

"Não se preocupe, mamãe. Vai correr tudo bem.”

Caminhou até onde Scarlatti e sua noiva estavam agora de pé. O sorriso de Albert Scarlatti parecia caloroso e acolhedor.

Assim que o pai estendeu os braços para abraçá-la, Jilly disse, "Tenho algo a dizer para você".

Uma expressão curiosa atravessou o rosto de Scarlatti.

Jilly disse, "Você matou meu irmão".

“O q-quê?” Scarlatti gaguejou. “Não, isso não é verdade e você sabe disso. Seu irmão Norbert fugiu. Eu já te disse muitas vezes…”

Jilly o interrompeu.

“Não, eu não estou falando do meu irmão mais velho. Eu nem me lembro dele. Estou falando do meu irmãozinho.”

"Mas você nunca teve um…"

“Não, eu nunca tive um irmãozinho. Porque você o matou.”

A boca de Scarlatti se abriu e seu rosto ficou vermelho.

Com a voz tremendo de raiva, Jilly continuou, “Parece que você acha que não me lembro da minha mãe, porque eu era muito pequena quando ela foi embora. Mas eu lembro. Eu lembro que ela estava grávida. Eu lembro de você gritando com ela. Você bateu no estômago dela. Eu vi você fazer isso muitas vezes. Então ela ficou doente. E depois já não estava mais grávida. Ela me disse que era um menino e ele seria meu irmão mais novo, mas você o matou.”

Riley ficou desconcertada com o que Jilly estava dizendo. Ela não tinha dúvidas de que cada palavra era verdadeira.

Eu gostaria que ela me tivesse contado, Pensou.

Mas é claro que Jilly deve ter achado muito doloroso falar sobre isso até esse momento.

Jilly agora estava chorando. Ela disse, “Mamãe chorou muito quando me contou. Ela disse que tinha que ir embora ou você a mataria mais cedo ou mais tarde. E ela foi embora. E nunca mais a vi.”

O rosto de Scarlatti estava reduzido a uma expressão feia. Riley podia ver que ele estava lutando com sua raiva.

Ele rosnou, "Garota, você não sabe do que está falando. Você está imaginando tudo.”

Jilly disse, “Ela estava usando seu lindo vestido azul naquele dia. Aquele que mais gostava. Veja, eu lembro. Eu vi tudo.”

As palavras de Jilly eram uma torrente desesperada.

“Você mata tudo e todos, mais cedo ou mais tarde. Você não pode evitar. Eu aposto que até mentiu quando me disse que meu cachorrinho tinha fugido. Você provavelmente matou Darby também.”

Agora Scarlatti estava tremendo todo.

As palavras de Jilly continuavam fluindo, “Minha mãe fez a coisa certa fugindo e espero que esteja feliz, onde quer que esteja. E se ela está morta, bem, está melhor do que estaria com você.”

Scarlatti soltou um rugido de fúria. "Cale a boca, sua cabra!"

Ele agarrou Jilly pelo ombro com uma mão e lhe deu um tapa no rosto com a outra.

Jilly gritou e tentou se afastar dele.

Riley levantou-se indo na direção de Scarlatti. Antes de chegar junto a ele, dois seguranças agarraram o homem pelos braços.

Jilly se libertou e correu para Riley.

O juiz bateu o martelo e tudo ficou silencioso. Olhou ao redor do tribunal como se não pudesse acreditar no que acabara de acontecer.

Por um momento, limitou-se a respirar pesadamente.

Então olhou para Riley e disse, “Senhora Paige, penso que lhe devo um pedido de desculpas. Tomei a decisão errada agora e a anulo.”

Olhou para Scarlatti e acrescentou, “Volte a falar e coloco-o na prisão.”

Olhando para os outros na sala, o juiz disse com firmeza, “Não haverá mais audiências. Esta é a minha determinação final sobre essa adoção. A custódia é concedida à mãe adotiva”.

Ele bateu novamente o martelo, se levantou e saiu do tribunal sem dizer mais nada.

Riley se virou e olhou para Scarlatti. Seus olhos escuros estavam furiosos, mas os dois seguranças ainda estavam de pé ao lado dele. Ele olhou para sua noiva, que parecia horrorizada. Então Scarlatti baixou a cabeça e ficou ali em silêncio.

Jilly se jogou nos braços de Riley, soluçando.

Riley a abraçou e disse, “Você é uma garota corajosa, Jilly. Eu nunca te vou deixar, não importa o que aconteça. Pode contar com isso."

*

A bochecha de Jilly ainda estava ardendo enquanto Riley discutia alguns detalhes com Brenda e o advogado. Mas parecia um bom tipo de dor e ela sabia que logo iria embora. Ela dissera a verdade sobre algo que guardra para si mesma por muito tempo. Como resultado, estava livre de seu pai para sempre.

Riley, sua nova mãe, levou-a de volta ao quarto de hotel, onde fizeram as malas rapidamente e dirigiram para o aeroporto. Chegaram com tempo de sobra para o voo de volta para casa e checaram suas malas para que não tivessem que carregá-las. Depois foram juntas ao banheiro.

Jilly ficou olhando no espelho enquanto sua mãe estava fazendo suas necessidades.

Um ligeiro hematoma estava se formando na parte lateral de seu rosto, onde o pai a atingira. Mas tudo ficaria bem agora.

Seu pai nunca mais poderia machucá-la. E tudo porque ela contara finalmente a verdade sobre seu irmão perdido. Só fora preciso isso para transformar tudo em volta.

Ela sorriu um pouco quando se lembrou da mãe dizendo para ela…

"Você é uma garota corajosa, Jilly."

Sim, pensou Jilly. Eu acho que sou muito corajosa.

CAPÍTULO SEIS

Quando Riley saiu do banheiro, não viu Jilly em lado nenhum.

A primeira coisa que sentiu foi um lampejo de raiva.

Ela se lembrava de ter dito claramente a Jilly…

“Espere do lado de fora da porta. Não vá a lugar nenhum.”

E agora não a via.

Aquela garota, Pensou Riley.

Não estava preocupada em perder o voo. Tinham muito tempo antes de embarcare. Mas esperava fazer as coisas com calma depois de um dia tão difícil. Planejou que passassem pela segurança, encontrassem seu portão de embarque e depois um bom lugar para comer.

Riley suspirou com desânimo.

Mesmo depois das ações corajosas de Jilly no tribunal, Riley não pôde deixar de se dececionar com essa nova demonstração de imaturidade.

Ela sabia que se fosse procurar por Jilly no grande terminal, provavelmente se desencontrariam outra vez. Procurou um lugar para sentar e esperar que Jilly voltasse, o que certamente faria mais cedo ou mais tarde.

Mas enquanto Riley olhava ao redor do grande terminal, teve um vislumbre de Jilly passando por uma das portas de vidro que levavam ao exterior.

Ou pelo menos ela achava que era Jilly – era difícil ter a certeza de onde Riley estava.

E quem era aquela mulher com quem a garota parecia estar?

Parecia Barbara Long, a noiva de Albert Scarlatti.

Mas as duas pessoas desapareceram rapidamente entre os viajantes que circulavam do lado de fora.

Riley sentiu um arrepio de apreensão. Seus olhos estavam a enganando?

Não, ela agora tinha certeza do que tinha visto.

Mas o que estava acontecendo? Por que Jilly iria a algum lugar com aquela mulher?

Riley levantou-se. Ela sabia que não havia tempo para entender aquilo. Andando rapidamente, instintivamente tocou na arma que usava em seu coldre de ombro.

Foi parada por um segurança uniformizado que se colocou na frente dela.

Ele falou com uma voz calma e profissional. "Você está sacando uma arma, minha senhora?"

Riley soltou um gemido de frustração.

Disse, "Não tenho tempo para isso."

Poderia dizer pela expressão do segurança que só confirmou sua suspeita.

Ele sacou sua própria arma e se aproximou dela. Pelo canto do olho, Riley viu que outro segurança tinha visto a atividade e também estava se aproximando.

"Deixe-me passar" Disse Riley, mostrando as duas mãos. "Eu sou uma agente do FBI."

O segurança com a arma não respondeu. Riley calculou que ele não acreditava nela. E ela sabia que ele fora treinado para não acreditar nela. Estava apenas fazendo o seu trabalho.

O segundo segurança parecia prestes a abordá-la.

Riley estava perdendo tempo precioso. Dado seu treinamento superior, calculou que provavelmente poderia desarmar o segurança com a arma antes que ele pudesse disparar. Mas a última coisa que ela precisava agora era entrar em um desentendimento desnecessário com um par de seguranças bem-intencionados.

Forçando-se a ficar parada, ela disse, "Olhe, deixe-me mostrar-lhe minha identidade".

Os dois seguranças se entreolharam cautelosamente.

"OK" Disse o segurança com a arma. "Mas devagar."

Riley cuidadosamente retirou seu distintivo e mostrou para eles.

Suas bocas se abriram.

"Estou com pressa" Disse Riley.

O segurança à frente dela assentiu e guardou sua arma no coldre.

Grata, ela correu pelo terminal e correu pelas portas de vidro para o lado de fora.

Riley olhou ao redor. Nem Jilly, nem a mulher se avistavam.

Mas então viu o rosto da filha na janela traseira de um SUV. Jilly pareceu alarmada e suas mãos pressionavam o vidro.

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