Para Você, Para Sempre - Софи Лав 2 стр.


Daniel continuou. "Pense nisso", ele encorajou-a. "Ele precisará de alguém para administrar a carpintaria em sua ausência. Alguém para cuidar da oficina".

Emily ofegou. "Quer dizer... você?"

Chantelle não conseguiu mais se conter. Ela exclamou, alegre: "O papai foi promovido!"

Emily colocou a mão sobre a boca. "Isso é incrível!" ela gritou. "Você merece".

Ela não podia acreditar na sorte e pulou do banquinho, indo para trás de Daniel e abraçando-o com força.

Daniel corou timidamente. Ele não aceitava elogios com facilidade.

"Ele vai me dar um aumento e um novo cargo. Mas isso vai significar mais horas de trabalho", ele adicionou, parecendo muito sério. "Preciso ser o primeiro a chegar e vou precisar ser o último lá à noite para fechar tudo corretamente. Há equipamentos e produtos caros na oficina e Jack nunca deixa outra pessoa trancá-la, então, é meio que uma grande responsabilidade ele passar as rédeas para mim. Como resultado, meus turnos terão um padrão muito estranho. Jack nunca se importou em ir e vir da marcenaria a qualquer momento, mas agora que vou ter que fazer o mesmo, terei que me adaptar".

Emily ainda não queria pensar em nenhuma das possíveis desvantagens da novidade. Turnos longos, responsabilidade extra relação à segurança e o inevitável estresse que causaria a Daniel eram coisas com as quais ela poderia lidar depois. Agora, queria manter a euforia causada pela boa notícia.

"Estou tão orgulhosa de você", disse ela, pressionando um beijo na coroa da cabeça do marido.

"Vocês deveriam fazer algo para comemorar", disse Amy, do outro lado da mesa.

"Com certeza", concordou Emily.

"Acho que devemos ir até a praia!" Chantelle sugeriu.

"Bem, enquanto o tempo está assim, eu não vejo por que não", disse Emily. "Nós não devemos desperdiçar um tempo tão bom".

Chantelle deu um soco no ar. Ela amava a praia, e atividades ao ar live em geral. Aceitava com prazer toda oportunidade de correr na natureza.

"Amy?" Emily perguntou. "Você vem conosco?"

Amy consultou o relógio. "Na verdade, eu preciso me encontrar com Harry em breve, então, não vou ter tempo".

Emily não podia ter certeza, mas pensou ter notado uma nuance na voz de sua amiga, uma espécie de nervosismo. Ela se perguntou se havia algum um problema entre ela e Harry.

Mas não tinha tempo para conversar agora. A família Morey estava em plena ação: Chantelle correndo em busca das coleiras dos cães, Daniel abrindo armários e pegando sacolas, suco de caixa e petiscos.

Emily tocou a mão de Amy. "Vamos conversar mais tarde", disse ela.

Amy assentiu, com uma expressão um pouco abatida. Então, Emily foi arrastada no caos de sua família, como um tornado girando em torno dela e puxando-a para dentro.

"Vamos! Para a praia!"

CAPÍTULO DOIS

A praia estava incrivelmente linda sob a luz do sol. Emily mal podia acreditar que estava tão ensolarado naquela época do ano, um clima quente e luminoso quanto em qualquer dia de verão.

Eles caminharam juntos, deixando ambos os cachorros sem coleira, para que pudessem correr livremente e latir para as ondas que quebravam na praia.

Quando encontraram um bom lugar para sentar, Daniel ajudou Emily a se acomodar na areia. Ela se sentou de pernas cruzadas, com a barriga de grávida aninhada confortavelmente dentro de suas pernas. Chantelle dava saltos, querendo aproveitar ao máximo o que parecia ser sua última chance de curtir a praia este ano.

Daniel pegou a mão de Emily e acariciou-a com ternura.

"Como você se sente sobre a minha promoção?" ele perguntou. "Está preocupada com as horas extras, que vão me manter longe de casa?"

"Bem, de quanto tempo estamos falando?" Emily perguntou. Ela estava pronta agora para saber mais sobre os detalhes, para considerar os desafios que eles podem ter que enfrentar.

"Jack abre a oficina às oito", começou ele. "Mas esse não é o problema. Estou acostumado a começar cedo e vai se encaixar na correria da escola. Minha maior preocupação é a marcenaria. Às vezes, recebemos um pedido grande e não temos muito tempo para fazê-lo. Antes, quando eu era apenas um funcionário, eu era um entre muitos e, no máximo, adicionaria uma ou duas horas extras a cada dia de trabalho. Nós podíamos compartilhar o fardo. Mas como vou ser o único a supervisionar o uso dos equipamentos e o único responsável pela garantia da qualidade, precisarei estar no local durante a produção de cada pedido, supervisionando tudo até a conclusão, como Jack costumava fazer. Você sabe que podem ser longas horas. Bem, agora não vou mais fazer parte do padrão de turnos. Eu ficarei encarregado disso e espero estar lá durante os períodos de maior movimento".

Quanto mais Daniel falava sobre o assunto, mais Emily podia sentir a ansiedade aumentar. A promoção veio num momento muito ruim. A ideia de Daniel não estar lá quando ela entrasse em trabalho de parto a preocupava. E a licença-paternidade? Será que ele conseguiria alguma coisa?

Mas, apesar da ansiedade, ela estava explodindo de felicidade por ele. Também estava extremamente orgulhosa de Daniel e não queria diminuir a alegria dele de forma alguma. Ele havia alcançado muita coisa desde que ela o conheceu. E, além disso, ela tinha Amy por perto para lhe dar apoio.

"Estou muito feliz por você", disse ela. "Você merece, depois de trabalhar tanto".

"Nós certamente poderíamos fazer muita coisa com o aumento", Daniel respondeu, tocando suavemente a barriga de Emily com a mão sobressalente. "Já que em breve teremos mais bocas para alimentar".

Emily sorriu e suspirou, satisfeita. Apesar das dificuldades que enfrentava, ainda estava ansiosa pelo futuro, para conhecer Charlotte.

Quando Daniel falou novamente, ele pareceu um pouco melancólico. "Mais responsabilidade significa mais estresse. Espero ainda ter energia suficiente para passar tempo com as crianças".

"Você vai se sair incrivelmente bem", Emily o encorajou. "Eu sei que vai".

Embora capaz de desempenhar o papel de "esposa que apoia" externamente, Emily ainda estava bastante ansiosa sobre a mudança no trabalho de Daniel. Ele tinha a tendência de deixar o estresse afetá-lo ou de se sentir sobrecarregado pelo que esperavam dele. Era algo que ela admirava nele. Mas também poderia ser em detrimento da família, porque às vezes parecia que ele colocaria quase tudo antes delas. Nem sempre era fácil para Emily lembrar a si mesma que o motivo pelo qual ele às vezes colocava outras coisas em primeiro lugar era para elas – para ela, Chantelle, a pousada e, é claro, para Charlotte.

"Eu me pergunto por que Jack não promoveu um dos outros funcionários", Daniel perguntou em voz alta. "Sou relativamente novo lá em comparação com alguns dos mais antigos".

"Provavelmente porque você é novo", disse Emily. "Porque você vai trabalhar duro para sua família. Ou talvez porque ele saiba que você tem talento para fazer isso sozinho".

Daniel franziu a testa. "O que você quer dizer?"

"Quero dizer que você poderia facilmente abrir sua própria marcenaria. Até temos espaço para isso. Nós poderíamos converter um dos celeiros, afinal. E você adquiriu muita experiência na fabricação de móveis. Você fez o berço para Charlotte no seu tempo livre, e ficou fenomenal! As pessoas pagariam muito por algo assim, um berço exclusivo para seu bebê. Você precisa ver o preço da minha poltrona de amamentação!" Ela riu, lembrando-se dos milhares de dólares que Amy tinha jogado na poltrona de balanço e no banquinho para ela.

Daniel, por outro lado, estava quieto. Sua expressão era meio sonhadora e distante.

"No que você está pensando?" Emily perguntou.

Ele saiu do devaneio. "Eu só estava pensando que você pode estar certa sobre Jack me promover para me manter lá, porque não quer me perder".

"Posso estar certa?" Emily brincou. "Eu definitivamente estou certa! Você pode administrar um negócio de móveis para crianças sob medida. Ou pode até mesmo fazer barcos, se quiser. Você tem o talento para fazer qualquer coisa que se propuser a fazer".

Era óbvio para Emily, mas Daniel parecia atordoado, como se a ideia nunca tivesse passado pela sua cabeça.

"Eu nunca pensei nisso dessa forma", ele disse. "É apenas um trabalho para mim, sabe?"

"Apenas um trabalho! Você é humilde demais, às vezes", Emily continuou. "Quantas pessoas você realmente acha que têm esse tipo de habilidade? Você tem talento, Daniel. Só precisa pensar grande, às vezes".

Em vez de se sentir encorajado por essas palavras, Daniel pareceu recuar.

"Eu penso grande", ele murmurou, defensivamente. "Eu não sou tão bom quanto você pensa que sou".

"Não sou só eu", Emily disse a ele, gentil. "Jack obviamente pensa assim também".

Ela não queria forçar a barra. Queria apenas que Daniel entendesse que ele tinha talento e que isso poderia levá-lo longe. Mas ele parecia estar encolhendo, definhando sob o peso da percepção da esposa.

Em silêncio, Daniel baixou os olhos, pegando pedrinhas e jogando-as pela praia.

Então, o celular de Emily começou a tocar. Ela suspirou, por um lado aliviada por ter sido salva pelo gongo, mas por outro frustrada por ter perdido a chance de chegar ao fundo da aparente mudança de humor de Daniel.

Ela remexeu na bolsa e pegou o celular. Surpresa, viu que que era o corretor imobiliário da ilha. O aparelho brilhava para ela como um farol.

"São eles!" exclamou em voz alta, sentindo o coração acelerar.

Daniel levantou os olhos e parou de arremessar as pedras. Na beira da praia, Chantelle se virou ao ouvir a voz de Emily.

"É o corretor!" Emily gritou para a filha.

Os dois cães espelharam os movimentos da menina, e os três correram pela praia em direção a Emily, levantando nuvens de areia atrás de si.

Assim que Chantelle alcançou Emily, ela parou, e os cachorros ficaram correndo em círculos em volta da família, com os pelos molhados com água salgada, latindo como se entendessem instintivamente que algo empolgante estava prestes a acontecer.

Com a respiração irregular, Emily atendeu à ligação e ativou o viva-voz. A família se inclinou, olhando para o celular com expectativa. Era como se o pequeno aparelho de plástico contivesse o futuro deles em seu poder.

"Estamos todos aqui", explicou Emily. "Na expectativa. Então, quais as novidades?"

Desde que eles fizeram a oferta, Emily se preparou para o pior. Na verdade, ela praticamente se convenceu de que aquilo não aconteceria, que eles não iriam conseguir comprar a ilha. Não era o tipo de coisa que acontecia com pessoas normais. Mas, apesar de dizer a si mesma repetidamente que isso não ia acontecer, ela foi incapaz de amortecer a faísca de animação que sentia, aquela gota de esperança que desafiava a parte pessimista de sua mente com um simples mantra: e se…

A corretora falou, com uma voz entrecortada.

"É uma boa notícia", disse ela. "A oferta foi aceita. A ilha é sua!"

Emily não podia acreditar no que acabara de ouvir. A estática na linha fez com que ela ouvisse o que queria? Mas quando olhou para Daniel, ela viu seus olhos brilhando de surpresa e alegria. Quando Chantelle começou a pular, agitando os braços, Emily sabia que não havia dúvida.

Os cachorros começaram a latir por causa da euforia de Chantelle, saltando com as patas encharcadas, deixando marcas de areia molhada na roupa dela.

"Sério?" Emily gaguejou, esforçando-se para ouvir a voz abafada através de toda a comoção. "Nós realmente conseguimos?"

"Conseguiram sim", respondeu a corretora. Emily podia ouvir o sorriso na voz dela. "Claro que ainda há alguns documentos para assinar e arquivar. Mas vocês podem visitar a ilha quando quiserem, enquanto isso". Ela terminou com uma risada.

Emily ficou tão surpresa que não conseguiu encontrar as palavras. Daniel assumiu, inclinando-se para mais perto do celular, colocado entre eles.

"Você quer dizer que podemos ir até lá agora?" ele perguntou, com o olhar fixo em Emily ao invés de no telefone. "Como os donos oficiais?"

Do viva-voz, veio a voz da corretora, baixa e robótica, "Na verdade, podem sim".

Chantelle se agachou e jogou os braços ao redor do pescoço do pai, tão feliz que quase o derrubou no chão.

"Vamos para a ilha agora!!", ela gritou no ouvido dele.

Daniel estremeceu, mas sorria largamente. Os braços de Chantelle estavam em volta do pescoço dele como os tentáculos de um polvo e ele levantou as mãos para soltar o aperto dela enquanto levantava as sobrancelhas para Emily.

"O que você acha? Vamos dar uma olhada na ilha, já como donos?"

Emily tocou sua barriga, sentindo a forma da bebê. Ela estava ficando cada vez mais protetora à medida que as semanas passavam, não querendo submeter a filha em crescimento a qualquer contratempo. Mas o mar estava calmo hoje, e ela tinha certeza de que não sentiria nenhum enjoo no passeio.

"Vamos sim", disse ela.

Chantelle gritou de alegria.

Daniel se inclinou para o telefone, quase gritando agora por causa do barulho dos cães e da criança, esforçando-se para se manter calmo enquando Chantelle o puxava com toda a sua animação.

"Você nos deixou extremamente felizes", disse ele. "Obrigado por tudo."

"Por nada, Sr. Morey", respondeu a corretora.

Eles encerraram a ligação e Emily e Daniel ficaram parados, com expressões atônitas, igualmente perplexos, enquanto absorviam sua nova realidade. Chantelle se virou, jogando suas coisas ao acaso em uma sacola, movendo-se num ritmo mais acelerado.

"Vamos", ela gritou. "Vamos lá!"

Daniel entrou em ação, ficando em pé e ajudando Emily a se levantar. O porto estava a uma curta distância, mas Emily sabia que teria que ir devagar. Chantelle correu na frente com os cachorros, parando periodicamente para apressá-los, mas na verdade dobrando a distância que estava cobrindo em comparação a Daniel e Emily.

No caminho, passaram por Cynthia e Jeremy, andando de bicicleta.

"Nós compramos uma ilha!" Chantelle gritou para eles quando passaram, acenando.

Cynthia franziu a testa. "Parece que ouvi você dizer uma ilha?" ela gritou de volta.

"Eu disse!" Chantelle gritou, pulando.

Emily riu. Ninguém ia acreditar no que eles fizeram, que haviam comprado uma ilha na costa do Maine! Ela mal podia acreditar.

"Olha, é Amy e Harry!" Chantelle gritou, de repente.

Emily apertou os olhos, olhando mais adiante, e viu que o casal apaixonado estava sentado em um banco na beira do porto, profundamente envolvidos numa conversa. Parecia até um tanto intensa demais, pois Amy estava inclinada e gesticulando, enquanto Harry sacudia a cabeça enfaticamente, com o que parecia uma expressão séria no rosto. Emily se perguntou novamente o que estava acontecendo com os dois. Parecia que estavam discutindo.

"Você acha que eles vão querer vir conosco para ver a nossa ilha?" Chantelle perguntou.

Emily estava prestes a dizer-lhe para deixá-los em paz, mas antes que tivesse a chance de responder, a menina já havia se apressado. Chantelle parecia estar numa missão e o passo de gestante de Emily era muito lento para acompanhar.

Ela viu Chantelle alcançá-los e viu quando eles se separaram, chocados com a interrupção. Ela não podia ouvir nada daquela distância, mas podia ver os falsos sorrisos em seus rostos, e os olhares tensos por trás.

Quando ela e Daniel chegaram ao trio, Chantelle já havia dado a notícia. Amy se virou e abraçou Emily.

"Você é maluca, sabia?" disse a amiga. "Uma ilha?!"

"É uma extensão da pousada", Emily tentou explicar.

"Mas você acabou de reformar a casa de Trevor". Amy riu. "E ainda vai abrir um spa e um restaurante".

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