Table of Contents
Livros de January Bain
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Legal Page
Book Description
Dedicatória
Reconhecimentos de marca registrada
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
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Sobre a Autora
Livros de January Bain na Totally Bound Publishing
Brass Ring Sorority
Winning Casey
Chasing Lacey
Romancing Rebecca
TETRAD Group
Racing Peril
Racing the Tide
Racing the Whirlwind
Manitoba Tea & Tarot Mysteries
Magic, Mayhem & Murder
Movies, Moonlight & Magic
Moonshine, Magic & Murder
Sin City Wolf
Howl
Collections
A Little Bit Cupid: Lovestruck
Chá de Manitoba & Mistérios do Tarô
MAGIA, CAOS & ASSASSINATO
JANUARY BAIN
Magia, Caos & Assassinato
ISBN # 978-1-80250-072-1
©Copyright January Bain 2019
Arte da Capa por Erin Dameron-Hill ©Copyright Julho 2019
Traduzido por Jordana Silva 2021
Design do texto interno por Claire Siemaszkiewicz
Totally Bound Publishing
Este é um trabalho de ficção. Todos os personagens, lugares e eventos são fruto da imaginação do autor e não devem ser confundidos com fatos. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, é mera coincidência.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida em qualquer forma material, seja por impressão, fotocópia, digitalização ou de outra forma, sem a permissão por escrito da editora, Totally Bound Publishing.
Os pedidos devem ser enviados por escrito para a Totally Bound Publishing. Atos não autorizados ou restritos em relação a esta publicação podem resultar em processos cíveis e/ou criminais.
A autora e a ilustradora garantiram seus respectivos direitos sob a lei Copyright Designs and Patents Act 1988 (e suas alterações) para serem identificadas como a autora deste livro e a ilustradora da arte.
Publicado em 2021 pela Totally Bound Publishing, Reino Unido.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, digitalizada ou distribuída em qualquer formato impresso, ou eletrônico sem permissão. Por favor não participe ou incentive a pirataria de materiais protegidos pelos direitos autorais da autora. Compre apenas cópias autorizadas.
Totally Bound Publishing é uma marca do Totally Entwined Group Limited.
Se você comprou este livro sem capa, esteja ciente de que este livro é propriedade roubada. Ele foi relatado como “não vendido e destruído” para a editora, e nem a autora, nem a editora receberam qualquer pagamento por este livro “incompleto”.
Livro um da série Chá de Manitoba & Mistérios do Tarô
Encanto McCall, armada com uma biblioteca cheia de histórias da Agatha Christie e seus dons únicos de bruxa, sabe como resolver um assassinato em uma cidade pequena…
Encanto, a mais velha das trigêmeas McCall por um dia inteiro — ou um minuto antes da meia-noite se você for exigente — é a responsável designada para a cidade toda. Por que, se não fosse por ela, o Lago Nevado incineraria ou cairia na Baía de Hudson. Com suas habilidades únicas, ela está preparada para manter sua família e cidade segura e na direção certa.
Isto é, até que um policial muito atraente se muda para a cidade, um ônibus cheio de strippers quebra na Rua Principal e a Sra. Hurst é assassinada com geleia envenenada. Geleia feita pela família de Encanto no café Chá & Tarô. Agora cabe a ela resolver os assassinatos — sim, no plural, quando outro dono de negócio local acaba morto.
Encanto sabe exatamente o que fazer. O que é quebrar algumas leis se ela puder encontrar o culpado? Ela conhece as pessoas do Lago Nevado melhor do que qualquer novo homem da lei poderia. Então, por que ele não pode simplesmente deixá-la em paz para continuar com as coisas?
E porque ele tem que ser tão atraente?
Dedicatória
Este livro é dedicado a todos aqueles que gostam da magia de cidade pequena combinada com novela policial. É meu grande prazer oferecer um livro que vem direto do meu coração. Memórias da minha infância influenciaram muito a criação dessa história, tornando-se no livro que sinto que nasci para escrever.
Como sempre, graças aos envolvidos no processo, minha editora incomparável, Rebecca Baker Fairfax, e a incrível equipe da Totally Bound Publishing. Vocês são os melhores.
E para meu marido querido, obrigada por ser o homem dos meus sonhos.
Reconhecimentos de marca registrada
A autora reconhece as marcas e seus donos relacionados aos seguintes assuntos mencionados neste trabalho de ficção:
Blogger: Google LLC
Bunn: Bunn-O-Matic Corporation
Jeep Cherokee: Fiat Chrysler Automobiles N.V.
Facebook: Facebook, Inc
Fancy Feast: Nestlé Purina PetCare
Fly Me to the Moon: Bart Howard
Frankenstein: Mary Shelley
Os Bons Companheiros: Warner Bros. Entertainment Inc.
Ônibus Greyhound: Greyhound Lines, Inc.
Icarus at the Edge of Time: Brian Green
A Felicidade não se Compra: RKO Radio Pictures Inc.
Jackson: Billy Edd Wheeler e Jerry Leiber (como Gaby Rodgers)
Justified: Sony Pictures Television
Kleenex: Kimberly-Clark Corporation
Lexus: Toyota Motor Corporation
Minnie Mouse: The Walt Disney Company
New Shepard: Blue Origin, LLC
Mundos Paralelos: Michio Kaku
PBS: Corporation for Public Broadcasting
Pop-Tarts: The Kellogg Company
Um Brinde de Cianureto: Agatha Christie
Stetson: John B. Stetson Company
Sunday Morning Coming Down: Kris Kristofferson
O Universo Elegante: Brian Green
O Tecido do Cosmo: Brian Green
O Futuro da Humanidade: Michio Kaku
The Hidden Reality: Brian Green
Twitter: Twitter, Inc.
Volkswagen: Volkswagen AG
O Morro dos Ventos Uivantes: Emily Bronte
YouTube: YouTube, LLC
Capítulo Um
A coisa mais bonita que podemos experimentar é o mistério. É a fonte de toda a verdadeira arte e ciência. — Albert Einstein
Treze anos atrás
— Ela vai nos deixar ficar? — Os olhos de Tulipa se arregalaram, seu nariz e bochechas vermelhos por causa do vento congelante. Minha trigêmea estremeceu, limpando o nariz que escorria na parte de trás de sua luva vermelha. Endireitei a gola de sua jaqueta desgastada e enfiei o cachecol fino ao redor do pescoço dela. A neve estava caindo com mais força agora, já preenchendo as marcas que nós três fizemos andando do poste de luz da rua até a porta da frente, o aviso ainda soando na minha cabeça. “Não bata até você ter contado até cem se sabe o que é bom para você.” Doze, treze, catorze…
— Eu não tenho certeza, mas se formos realmente boas, talvez ela deixe. Pelo menos por esta noite — interrompi minha contagem para respondê-la.
— É, então não fique respondendo como você fez com a mamãe — disse Estrela, olhando acusadoramente.
— Eu nunca fiz isso! — O lábio inferior de Tulipa começou a tremer.
— Silêncio, ninguém tem culpa — eu disse. Se ela começasse a chorar, eu não sabia quanto tempo eu poderia me se segurar. Minha garganta tinha um caroço do tamanho de uma bola de beisebol. Trinta e um, trinta e dois, trinta e três.
Estrela fez uma careta, mas não disse nada, embora apenas depois de eu lhe dar meu olhar mais sério de irmã mais velha. Eu nasci um minuto antes da meia-noite, fazendo de mim a irmã mais velha por um dia inteiro. Não que os aniversários fossem celebrados, embora já tivéssemos oito anos. Mamãe disse que já dávamos trabalho demais em um dia normal. De jeito nenhum ela faria uma festa de dois dias para um trio de pirralhas.
Puxei o saco de papel que tinha todas as nossas posses para mais perto do meu peito, pensando no único livro precioso e a meia-caixa de Pop-Tarts que mamãe havia colocado para a nossa ceia. Talvez a vovó teria uma torradeira ou um fogão para aquecê-los? Ou talvez ela possa ter um pouco de suco, ou refrigerante? Minha garganta estava seca. Até mesmo água teria um gosto bom.
Estrela bateu os pés para continuar quente, seus sapatos cor de rosa deixando um padrão intrincado das solas enquanto ela amassava a neve. Seu cachecol tinha sincelos se formando de sua respiração quente batendo no ar gelado, e suas bochechas brilhavam vermelhas. Nenhuma queimadura — não ainda de qualquer maneira. Mas o vento estava ficando mais forte, soprando cristais de gelo do telhado nas nossas cabeças nuas.
Sessenta e seis, sessenta e sete. Olhei através do campo aberto entre a casa da vovó e a casa ao lado, visualizando lobos saindo das sempre-vivas da grossa floresta e circulando a cidade. Fomos deixadas do lado de fora em um dos dias mais frios do ano. Menos quarenta e sete graus, de acordo com o homem barulhento no rádio em nossa velha van. Eu vi o nome da cidade na placa de boas-vindas que levava até ela. Lago Nevado, população 1259. Eu tinha orgulho de ser a primeira a aprender a ler, a primeira a fazer a maioria das coisas. Então eu poderia ajudar minhas irmãzinhas, quando eles me deixassem.
Oitenta e nove, noventa. Eu estava tremendo agora, mal conseguia evitar chutar a porta com o meu pé. Mas uma promessa é uma promessa. Se a mamãe voltasse e me visse fazendo errado, levaria um tapa com certeza. Você sabe que ela não vai voltar, certo? uma pequena voz dentro de mim falou, fazendo minhas lágrimas aparecerem. Não! Nunca diga isso. Os tempos tinham sido difíceis, mas bem no fundo, mamãe nos amava. Ela vai voltar. Um dia. Quando as coisas estiverem melhores para ela, ela voltará. Ela prometeu. E se eu mantivesse minha promessa solene de cuidar das minhas irmãs, então tudo ficaria bem. Tinha que ficar.
— Certo, não vamos esquecer quem somos. As incríveis McCall. Certo, está na hora.
Assim que cheguei no cem a luz da varanda acendeu, um farol na escuridão, um holofote em nós três encolhidas no escuro.
— Pelo amor de Deus, o que vocês três estão fazendo do lado de fora esperando na neve?
Eu falei, segurando o pedaço de papel sujo com a tinta ligeiramente manchada: — Vovó Toogood, minha mamãe disse para lhe dar isso.
Se ela ficou surpresa comigo a chamando de vovó, ela não demonstrou. Ela pegou o papel e leu com uma expressão intensa. Eu a observei enquanto ela lia. Cachos escuros brilhavam em torno de um rosto suave. Ela estava usando um bom par de calças azuis com uma blusa combinando sobre um corpo magro, sem manchas ou buracos. Ela deve ser rica. Ela era mais baixa que a mamãe também. Quando ela olhou para Estrela, Tulipa e eu, a expressão em seus olhos azuis era gentil, como se ela tivesse certeza de alguma coisa. Gostei dela imediatamente. Eu queria muito que ela gostasse de mim também. Então, talvez ela se sentisse obrigada a ajudar minhas irmãs.
— Bem, vamos levar vocês para dentro então — ela disse, redobrando e enfiando a carta no bolso de suas calças.
Esperei até que minhas irmãs tivessem passado pela porta antes de olhar de volta para a floresta. A matilha de lobos havia desaparecido.
Capítulo Dois
Dias atuais
— A Sra. Hurst ligou. Ela quer uma leitura hoje. E não se esqueça que é a nossa vez de receber o Clã da Aurora Boreal — Estrela gritou da cozinha do café Chá & Tarô, onde deveria estar observando um lote de geleia de damasco ferver. Aposto que ela está com a cabeça enterrada naquele caderno cheio de orelhas que ela leva para todo lugar, trabalhando em outra música.
Pelo menos a Sra. Hurst gostava da nossa geleia de damasco, a única coisa que a redimia. Eu não era a única que pensava isso. Ninguém na cidade aguentava mais do que uma pequena dose da velha mesquinha, que conseguia encontrar defeitos mesmo nos dias ensolarados mais perfeitos. Prestei mais atenção quando Estrela adicionou: — Ah sim, e Judith Finch quer uma poção do amor mais forte. Diz que a última não está funcionando.
— Ela precisa de muito mais do que uma poção do amor se ela quer capturar a atenção de Laurence — o cara é dez anos mais jovem e foi sabe-se lá para onde — murmurei, separando as variedades recém-chegadas de cristais, cartas de tarô, pedras de vidente, livros de feitiços, cones de incenso perfumado, bolsas minúsculas de veludo com cordão — legal, azul-real desta vez — e dezenas de minúsculos frascos extravagantes para armazenar unguentos com cheiro doce para os turistas.
Tulipa, minha suposta ajudante, estava distraída como de costume. Ela estava ocupada digitando em seu laptop. Minha previsão diária — se não fosse por mim e minhas manobras militares, o café Chá & Tarô cairia na ruína total. Pelo menos eu tinha o encontro do nosso clã para esperar. A forma como a vida era no Lago Nevado, exigia muito apoio feminino.
— Quem você acha que era em outra vida, Encanto? — Tulipa escolheu esse momento para desviar o olhar da sua incessante atualização de blog para fazer outra de suas perguntas tolas. Certo, talvez isso fosse injusto. Muitas pessoas contavam com ela para desvendar seus sonhos. Ah, e ela era muito boa em ler presságios nas nuvens. Tem bons seguidores também.
— Provavelmente Cinderela. Parece que voltei como um burro de carga mais uma vez. Devo ter gostado muito da última vez, hein. — Suavizei minha reclamação com um sorriso direcionado a minha trigêmea e corri para a cozinha para ter certeza de que a outra infeliz McCall não estava deixando a geleia queimar.
— Estrela! — Eu gritei. Lá estava ela, sentada em um banquinho, com a sempre presente caneta na mão, olhando sonhadoramente para o vazio. A fruta que ela deveria estar observando estava emitindo sua essência de luz solar e felicidade, a fragrância valsando pelo ar, fazendo minha boca salivar. Certo, um lanche no meio da manhã de muffin fresco com geleia de damasco estava a caminho. Eu também era a oficial de controle de qualidade auto-eleita de nosso excelente estabelecimento, daí vinham meus quadris curvilíneos.
— Está tudo bem. — Ela rolou os olhos. — Acabei de mexer. Está quase pronta. Só precisa adicionar a pectina. E os potes estão no forno, esterilizados e prontos para serem enchidos, muito obrigada.
— Bom — eu grunhi. Peguei as alegres luvas vermelhas de forno com os corações brancos bordados nas costas, abri o forno e tirei a enorme assadeira preta cheia de potes fumegantes. Coloquei-os no balcão sobre toalhas de chá limpas, prontos para o serviço. Humm, ela até se lembrou de colocar as tampas e cestas de vapor em uma panela de água quente no fundo do forno. As surpresas nunca acabarão?
— Certo, você acrescenta a pectina e eu alinho os potes. Colher esterilizada?
— Sim, senhora. — Estrela prestou continência, sabendo muito bem que isso a irritava.
— Nós só temos hoje para organizar as coisas — a reprimi. — Vovó vem para casa amanhã e eu quero tudo feito adequadamente e em seus devidos lugares. Ela trabalhou duro o suficiente por nós ao longo dos anos — já é hora de tornamos seus dias mais fáceis. — Mesmo que aos sessenta e cinco anos ela parecesse ter a energia de uma escavadeira, eu não me arriscava com minha família.
— Você não terá nenhuma reclamação de mim.
— Sim, certo!
Estrela não era nada além de uma massa conflituosa de nervos e energia. Incerta de qual direção sua vida deve seguir — Nashville, LA1 ou ficar. Bem, junte-se ao clube, mocinha. Todo ser humano que pensa e respira se sente dessa maneira, pelo menos parte do tempo. Eu deveria saber. Eu posso ler mentes. Ou pelo menos o bastante para ajudar alguém a encontrar coisas. Imagens e coisas parecidas, mas sinto seus anseios também. E nós não somos tão diferentes, nós humanos. Bem, exceto pela Sra. Hurst, que eu sinceramente desejava que parasse as leituras. Sua mente testaria um santo. Toda a energia positiva que eu mandava na direção dela parecia se perder em algum gigantesco buraco negro pairando sobre o cabelo duro.